O nosso entrevistado é o atacante Paulo Sérgio, do Al Qadisiyah Club, da Arábia Saudita. Paulo Sérgio Luiz de Souza, ou Dindo, como também é conhecido no futebol, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de Junho de 1989.
Paulo Sérgio, de 28 anos, chegou no Flamengo, de onde é cria, em 1999, aos 9 anos de idade e fez muito sucesso nas categorias base do clube, onde foi artilheiro. Nos profissionais, Paulo Sérgio teve poucas chances e o atacante, que sempre foi visto como uma grande promessa, disputou 32 jogos e marcou 4 gols e terminou sendo emprestado várias vezes e nunca teve uma sequência de jogos, onde ele pudesse mostrar todo o seu potencial.
O atacante teve passagens por Figueirense, Estoril de Portugal, Náutico, Operário Ferroviário, Paraná, Avaí, Criciúma, Daegu e Seongnam, da Coréia do Sul e ano passado, defendeu o Forteleza.
MF: Paulo Sérgio, você estreou no Al Qadisiyah já marcando seu primeiro gol pelo time árabe. Mesmo com a derrota na partida, você acredita que esse gol foi importante pra te dar a confiança necessária para fazer uma grande temporada? e Como está sendo a adaptação ao novo clube e ao país?
1- Com certeza não foi a estreia que eu desejava, pois fizemos um jogo muito ruim e fomos derrotados dentro de casa; mas fazendo o gol na estreia sem duvidas que aumenta a motivação e a confiança para buscarmos mais durante os outros jogos. Fui muito bem recebido por todos, tem 3 jogadores brasileiros comigo e a comissão técnica também. Então isso facilita muito na adaptação! Estou bem e feliz.
MF: Paulo Bonamigo, é o treinador da equipe. Ele que pediu a sua contratação? Depois de passar por vários clubes, qual o treinador que mais te ajudou na carreira?
2- Foi ele sim quem pediu minha contratação. Sou muito grato a ele pela oportunidade de estarmos trabalhando juntos novamente. Bom, tive o prazer de trabalhar com muitos bons treinadores, acho que aprendi com cada um que peguei, portanto é difícil destacar apenas um. Mas destaco o Ney Franco, Dorival Jr, Paulo Turra e Paulo Bonamigo. Treinadores inteligentes, respeitosos, com ótimos trabalhos de campo e muita intensidade em seus treinamentos.
MF: No Flamengo, onde você foi criado e foi artilheiro nas divisões de base do clube, gerando uma grande expectativa dos torcedores, você não teve a sequência de jogos que esperava ter, para mostrar todo o seu potencial. Acredita que esse foi o fator fundamental que te atrapalhou ter o sucesso esperado por todos, no clube?
3- Sem sombras de dúvidas que esse foi o maior problema. Mas sou agradecido ao Flamengo pelo sonho de ter me profissionalizado e jogado com aquele lindo manto. A vida seguiu, conquistei muitas coisas boas depois que saí de lá e sempre levarei o Flamengo no coração. Sempre terei muito carinho e respeito pela instituição.
MF: Você subiu para o profissional do Flamengo em 2007, com o treinador Ney Franco, que te inscreveu na Libertadores daquele ano, onde o Flamengo saiu nas oitavas, ao ser eliminado pelo Defensor (URU). Como foi a experiencia de disputar a competição mais importante do continente e se Ney Franco foi o treinador que mais te deu oportunidades no Flamengo?
4- Foi uma experiência única. Tinha apenas 17 anos e nem esperava ser inscrito, muito menos usado na competição rs! Mas foi algo marcante na minha carreira. A decepção ficou por conta da eliminação, pois fizemos um segundo jogo no Maracanã maravilhoso, tivemos 2 pênaltis claríssimos e indiscutíveis, que com certeza faria a diferença e passaríamos de fase. Mas no fim, valeu a experiência. E o Ney foi sim o treinador que mais me colocou pra jogar no Flamengo.
MF: O Flamengo passou por uma transformação muito grande, principalmente em relação a estrutura, desde que a atual diretoria assumiu o clube, em Dezembro de 2012. Você acredita que hoje, a base está tendo mais oportunidades de jogar no time profissional, do que na sua época? e na sua opinião, o jogador quando sobe para o profissional, ainda mais num clube como o Flamengo, é inevitável o deslumbramento? é importante o jogador ter a família perto, para que ele não perca o foco no futebol?
5- Flamengo hoje tem umas das melhores estruturas do Brasil. E ainda vai ficar melhor. Na minha época nem se compara ao que vemos hoje. Hoje está tudo moderno e mais profissional. Hoje, além de terem mas paciência com quem sobe da base, eles têm um trabalho para não queimar etapas. E a base vem recebendo bem mais chances há muitos anos. Minha geração foi uma das mais vitoriosas, mas infelizmente não souberam nos aproveitar. Quem trabalha no clube há mais tempo sabe disso. Em relação ao deslumbramento ele ocorre sim, você tendo sua família por perto ou não. Mas tem que ter muita disciplina e foco, pois o tombo pode ser grande.
MF: Paulo Sérgio, no time atual do Flamengo, tem o zagueiro Juan e agora o goleiro Júlio César, que vão encerrar a carreira no clube. O atacante Adriano, está tentando voltar a jogar futebol e teve as portas do clube abertas para que ele possa tentar esse retorno. você com 28 anos, mais maduro e experiente, depois de passar por vários clubes, você ainda sonha em poder voltar ao Flamengo um dia, assim como esses jogadores que estão no clube hoje?
6- Sem dúvidas seria maravilhoso, mas não sonho com isso não. Procuro trabalhar muito e corretamente no lugar em que estou. Eu me destacando, as coisas acontecem naturalmente. Contudo é claro que seria fantástico vestir a camisa do Flamengo novamente.
MF: Na base do Flamengo, você sempre foi goleador e você chegou a falar que fez cerca de 200 gols, antes de chegar aos profissionais. Como goleador, qual foi o melhor atacante que você viu jogar e quem você acha o melhor atacante do mundo na atualidade?
7- Vi muitos atacantes sensacionais, poderia fazer uma lista aqui (risos). Bom, fico com o Ronaldo Fenômeno e Romário. Hoje na atualidade, por se tratar da mesma posição, destaco o Keane do Tottenham. Está fazendo uma temporada incrível, tem muita qualidade e ainda assim, não está em um dos gigantes da Inglaterra. Então merece o reconhecimento.
MF: Paulo Sérgio, obrigado pela entrevista e deixe um recado para os torcedores Rubro-Negros, que acompanham as notícias do Flamengo na coluna, “Os Defensores do Manto”.
8- Gostaria de mandar um grande abraço pra nação e que 2018 seja um ano de conquistas para o Mengão. SRN!
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