Entrevista com Diogo Rangel, defensor com passagem pela seleção do Timor Leste e atual Toledo-PR
Diogo Santos Rangel nasceu no dia 19 de agosto de 1991 na cidade de São Paulo. O atleta atuou na base de grandes equipes e no profissional passou por clubes de Coreia do Sul, Hong Kong e Tailândia, além da seleção nacional de Timor Leste. Atualmente está no Toledo-PR. Conhecido e reconhecido pela liderança em campo e forte marcação
1- Seu início foi na base da Portuguesa, Vasco e Palmeiras. Quais as principais semelhanças entre o modo de gestão e estrutura dessas equipes? Por quais motivos não conseguiu ter sequência no profissional? Se pudesse escolher, qual time atuaria e por qual razão?
R: Em questão de gestão é incomparável a do Palmeiras com a Portuguesa, mas naquele momento, a Lusa vivia um dos melhores momentos em toda sua história, onde a mesma disputava todas as competições nacionais e havia uma gestão comparável a alguns times grandes. Referente a sequência no profissional, a transição do sub-20 para o time principal, naquela época não era tão fácil como é vista hoje em dia, já começava pelo CT, que o da base fica em Guarulhos e o do profissional na Barra Funda, e para acontecer uma possível subida para a equipe principal, somente se destacando nas competições que eram transmitidas pela TV. Mas naquele momento, apareceu a proposta para ir ao Timor Leste, onde mesmo não sendo um país conhecido, em termos econômicos, naquele momento valeu muito a pena.
2- Teve experiências no Timor Leste (Dili United e Carsae FC), Cingapura (Sriwijaya e Gresik United), Coreia do Sul (Daejeon e Gangwon), Tailândia (Osotspa e Songkhla) e Hong Kong (Lee Man). O que poderia falar de diferença entre o modo de jogar desses países? O que faz tantos jogadores irem para o mercado asiático (seja lugar conhecido ou alternativo)? Qual o momento que poderia destacar nessas passagens da Ásia?
R: O mundo asiático é muito diferente do que nós brasileiros acreditamos ser. Os clubes tendem sempre a copiar o método Europeu, seja dentro de campo ou em suas estruturas, não é atoa que se vê inúmeros clubes “desconhecidos” por nós, mas que se pesquisar, verá que as estruturas oferecidas aos jogadores, são melhores que os clubes da elite do futebol brasileiro. Além disto, acredito que o fator econômico é o que chama a atenção dos brasileiros. Um momento ou algo que posso destacar, é o fanatismo dos torcedores, no começo assustou um pouco, porque no Brasil não é tão comum, somente para jogadores renomados. Por lá, isso muda de lado, ao jogar em times considerados grandes por eles, você acaba se tornando popular no país, o que de alguma forma é muito gratificante, lembrando que isso acontece por conta do seu trabalho, fora os estádios que chegam a super lotar com capacidades de 120 mil pessoas, e eu tive o privilégio de viver um momento como este.

3- Vestiu as camisas do Bragantino, Botafogo-PB, São Caetano, Anapolina e Sampaio Corrêa. O que pode extrair de positivo destes clubes? Como analisas a torcida destas agremiações? Por quais motivos não teve maior sequência em clubes brasileiros? Pretendes fazer algo de diferente no Toledo?