Especial

Entrevista com Gabriel Moura, do Sepsi, da Romênia

O lateral-direito Gabriel Moura cedeu entrevista ao Mercado do Futebol e contou sobre sua carreira desde o início em Minas Gerais até a chegada na Europa. Também falou sobre seu atual time, o Sepsi e de sua passagem pelo futebol português e cipriota

(Foto: Sepsi/Divulgação)
  • Gabriel, você é natural de Divinópolis-MG e teve uma passagem pelo futebol mineiro antes de ir para o Ceará. Conte seu início de carreira no esporte até a chegada ao Guarany de Sobral.

R: Bom, comecei jogando na rua como toda criança. Depois tive passagens pelas escolinhas de futebol da minha cidade: Escolinha do Cruzeiro e Escolinha do Flamengo, e DEC – Divinópolis Esporte Clube. Daí então fui para o América (2007-2011). Em 2010/2011 fui emprestado para URT e Corinthians de Caico-RN. Em 2011, fui para o Guarany de Sobral disputei o cearense. Depois apareceu a oportunidade de ir para Portugal.

  • Você é lateral-direito de origem. Fale por que de ter escolhido essa posição e a importância dela para ti no sistema tático.

R: Não era lateral de ofício, era meio-campo. Depois tive um treinador, Leston Junior (hoje, técnico do Santa Cruz), que usava o sistema 3-5-2. Então, eu tinha muita liberdade. A partir daí fiquei como lateral e estou até hoje.

Leston Júnior foi o responsável pela mudança de posição de Gabriel (Foto: Globo Esporte).
  • Depois de jogar no Estado do Ceará, você foi para Portugal. Seu primeiro clube lá foi o Mirandela. Como foi a adaptação ao futebol local e às diferenças em um novo continente?

R: Foi uma experiência incrível. Se soubesse tinha vindo mais cedo para Europa. Comecei no Mirandela na Terceira Liga e fui subindo ano após ano até a Primeira Liga Portuguesa. A adaptação foi tranquila pelo fato de ter muitos brasileiros em Portugal e a alimentação não fugir muito da nossa brasileira. Depois no inverno, tive um pouco de dificuldade até adaptar pois era muito frio e não estava muito acostumado, mas com o tempo foi tranquilo.

A cidade de Mirandela fica no norte de Portugal e tem uma população estimada em 25 mil habitantes (Foto: Distrito de Bragança)
  • No país lusitano, além do Mirandela, você atuou pelo Penafiel e Gil Vicente. Qual desses times mais te marcou e como era a relação com os torcedores?

R: Para mim todos foram marcantes. Todos tiveram uma contribuição para minha carreira desde o Mirandela da Terceira Liga, Penafiel da Segunda Liga até chegar ao Gil Vicente no escalão mais alto do futebol português. Com Relação aos torcedores, sempre tive boa relação porque sempre tento fazer o melhor para o time. Tive muito apoio em todos clubes que passei por lá, claro que não agradamos a todos, mas isso é normal e faz parte.

  • Entre suas passagens pelo Gil Vicente, você foi jogar no Chipre pelo Anorthosis e ficou suas temporadas por lá. Quais as diferenças no futebol, torcida e cultura entre Portugal e Chipre?

R: No Chipre, também foi uma experiência incrível. Já foi um pouco mais difícil pela língua diferente, quando fui pra lá não falava inglês, então os primeiros meses foram um pouco complicados. As torcidas no Chipre são muito fanáticas, como o Anorthosis é um grande clube, então tinha uma cobrança maior. Na questão de cultura, o Chipre é um país mais turístico, então há sempre pessoas novas na cidade, comidas e costumes diferentes. Já em Portugal é uma cultura um pouco parecida com a nossa.

  • Seu atual clube é o Sepsi, da Romênia. Como é a relação do povo romeno com o esporte e teve algum elemento da cultura que te chamou a atenção como uma comida ou bebida?

R: Acho que em todo lugar do mundo é mais ou menos parecido, quase todos amam futebol, então não é muito diferente de outros países. Aqui na Romênia tem por costume o prato charutinho de folha de repolho com carne de porco e polenta. Não sou muito fã. Eles gostam muito de carne de porco.

  • Você pretende voltar ao Brasil para jogar por algum clube? Se sim, tem preferência por alguma equipe?

R: Hoje não me vejo voltando ao Brasil. Sei da dificuldade que é para entrar em um clube de primeira divisão até mesmo da segunda e também tem o fato da minha idade que não ajudaria muito. Mas claro que se houver oportunidade de ir para o Brasil eu vou, acho que é o sonho de todo jogar disputar um Brasileirão independente do time.

  • Deixe uma mensagem para os colaboradores e leitores do Mercado do Futebol.

R: Que não deixam de apreciar o futebol e sem violência, muita paz.

Gabriel Neri

Amante de uma boa retranca uruguaia enquanto escuto uma MPB tomando uma cerveja argentina. Valorize o nosso.

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