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Entrevista com Geferson Teles, ex-Inter e atual lateral-esquerdo do CSKA Sofia da Bulgária

Geferson Teles é um futebolista que atua como lateral-esquerdo. Atualmente está jogando na Bulgária pelo CSKA Sofia. Nascido em Lauro de Freitas, no estado da Bahia, o jogador de 26 anos já elencou o Internacional e por empréstimo do clube colorado chegou ao Vitória, em 2017. E após retornar a Porto Alegre, foi contratado pelo atual time, em 2018. O jogador baiano é neto do ex-atacante Biriba, campeão brasileiro em 1959 com o Bahia, time onde jogou por toda sua carreira, se tornando o 10º maior artilheiro da história da entidade

 

1- Não são todos os jogadores brasileiros que conseguem chegar a um grande clube do Brasil como o Internacional. Como foi ter alcançado esse feito e como foi a experiência?

R: Experiência muito boa. Cheguei novo ao Internacional e de lá fui até a Seleção Brasileira. Conheci pessoas ótimas e que contribuíram muito para a minha carreira e também pessoalmente. É um clube enorme e fico feliz de ter iniciado minha trajetória profissional.

 

2- Você chegou ao Vitória por empréstimo do Internacional após críticas da torcida. O que você fez para passar por cima dessa fase e atuar bem pelo Vitória?

R: O Vitória foi um retorno para minha casa, minhas raízes. Sou baiano, de Salvador. Então, no Vitória, tive a oportunidade de estar junto dos meus familiares e amigos, além de jogar em mais um gigante do futebol brasileiro. O Vitória é muito maior do que a sua condição atual, com toda certeza.

 

3 – Após ter uma passagem por dois clubes no futebol brasileiro, como foi chegar a um clube estrangeiro, no caso o CSKA Sófia? Qual foi o seu maior objetivo ao chegar na Bulgária?

R: O CSKA foi por muitos anos o maior clube do país. E tinha tido períodos difíceis por questão financeira, tendo até sido rebaixado de divisão. Quando eu fui contratado foi com a ideia do time já na primeira divisão há algum tempo era de recolocar a equipe na briga por títulos e no topo da Bulgária. E assim temos feito. No mínimo, conseguimos classificar a equipe para a Liga Europa em todo ano desde que cheguei.

 

4- Você chegou em 2018 e tem contrato até 2023 com o CSKA Sofia. Até aqui, qual a principal diferença de jogar no Brasil e na Bulgária?

R: O jogo na Bulgária é mais pegado, mais físico. Tem que estar com o preparo em dia para acompanhar o ritmo. Mas é um futebol de qualidade, competitivo, com muitos jogadores bons, que atuam por seleções da Europa, África, América do Sul. Uma outra diferença grande também é o frio, que não tem comparação com o Brasil.

 

5- Como você vê sua passagem pelo CSKA Sofia? Está satisfeito com suas atuações e números? Acha que alguma habilidade sua se aprimorou atuando pelo clube?

R: Estou satisfeito sim. É um clube que me abriu as portas e me recebeu muito bem. Os torcedores foram receptivos e calorosos, assim como os companheiros de time. Tenho sempre jogado, marquei até alguns golzinhos. O que tem acontecido mais recentemente aqui é eu estar jogando como volante ou meio-campista. É algo que não fazia no Brasil e estou tendo a oportunidade de desenvolver essa habilidade aqui, além de jogar na lateral.

 

6 – Você chegou a ser convocado pela Seleção Brasileira em 2015, sob o comando de Dunga, para a Copa América. O que o jovem baiano, na época com 20 anos, pensou e sentiu ao alcançar o desejo de todos os jogadores brasileiros?

R: Foi incrível. É a oportunidade que todo mundo sonha, quando começa no futebol. Sou muito grato por aquele chamado e a oportunidade de treinar e aprender com os melhores jogadores do país.