Entrevista com Ludmila Barbosa, atacante da Ferroviária

MF: Qual o seu pensamento em relação ao atual cenário do futebol feminino? Qual a maior diferença hoje em dia à época em que você começou? 

R: O futebol feminino está em uma crescente muito boa em relação a quando comecei, mas precisamos melhorar muito para querer brigar com grandes seleções no futebol feminino.

MF: Sempre quis ser jogadora profissional? Qual o seu maior objetivo jogando futebol? 

R: Sim! Sempre quis me tornar profissional, mesmo aqui no Brasil o futebol feminino sendo amador. Mas hoje sou jogadora profissional da Ferroviária, com contratos e uma ótima estrutura. Quero continuar ganhando títulos com a camisa da Ferroviária, conquistando títulos tenho certeza que grandes oportunidades virão.

MF: Em decorrência da pandemia da Covid-19, o futebol está paralisado. Como você e o restante do elenco vem reagindo? A comissão técnica tem passado atividades específicas? 

R: Estamos fazendo treinos que a comissão técnica preparou para nós, atletas. Estamos fazendo chamadas de vídeo pra não perder o contato, isso ajuda muito.

MF: Jogou na Espanha em 2019, pelo SC Huelva. Como pode descrever a experiência de jogar em outro país? E qual a maior diferença em relação ao Brasil? 

R: Isso, joguei no Huelva 2019. Foi uma experiência muito boa, nossa meta era não deixar o time cair, e conseguimos mantê-lo na elite do futebol espanhol, gostei bastante do nível do futebol lá, o futebol é bastante parecido com o nosso aqui no Brasil.

MF: Como descrevias sua trajetória no futebol até aqui? Qual foi sua maior dificuldade no início? 

R: Minha trajetória foi com bastante felicidade, agradeço a Deus por tudo que ele me proporcionou. Acho que minha maior dificuldade foi deixar minha família, no começo foi terrível, mas recebi todo apoio de todos eles, isso me fortaleceu muito.

MF: Essa é sua terceira passagem pela Ferroviária, no qual em 2019, vocês foram campeãs do Campeonato Brasileiro. Como pode descrever sua relação com o time? E qual a sensação em ganhar tal título? 

R: Minha relação com a Ferroviária é de amor, eu amo esse clube, que mesmo nos momentos difíceis esteve comigo. Amo morar em Araraquara, me sinto muito bem e feliz aqui. Esse é meu segundo título brasileiro com a Ferroviária, é um sensação maravilhosa, espero poder conquistar muitos títulos jogando aqui ainda.

MF: Qual conselho daria para as meninas que sonham em se tornarem jogadoras profissionais? 

R: Digo para nunca desistirem dos seus sonhos, por mais difícil que seja, a palavra para isso chama: fé, e acreditar que você pode.