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Entrevista com Luiz Antônio, revelado no Flamengo e atual Ajman, dos Emirados

Atualmente com 30 anos de idade, o ex-jogador do Flamengo que é natural do Rio de Janeiro está no exterior desde o ano de 2018. Ele nos conta como foi o início de sua carreira até os dias de hoje, além de falar sobre sua nova experiência jogando no futebol da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.

 

1- Com quantos anos começou a jogar futebol? Conte-nos como foi o início da sua trajetória até chegar às categorias de base do Flamengo.

R: Comecei a jogar bola com 4 para 5 anos, quando meu pai me botou no futsal. Comecei na escolinha do Piedade Tênis Clube, depois fui indo para o Social Ramos, Madureira e consequentemente fui passando por outros times até chegar a base do Flamengo. Quando eu jogava no futsal do Madureira, eu jogava no campo do Flamengo com 11 anos, a partir daí fui pro Vila Isabel e depois já entre 15 e 17 anos fui para o salão e campo do Flamengo, onde eu jogava nos dois juntos. Até chegar uma hora que não dava pra conciliar tudo, futsal, campo e escola. E acabei ficando só no campo. Foi assim a trajetória toda do início até chegar a base do Flamengo.

 

2- Você foi revelado por um dos maiores clubes do país. Nos conte como foi o seu início nas categorias de base até chegar no profissional.

R: É um privilegio começar a minha carreira nas categorias de base de um dos maiores times do Brasil. Foi difícil, não foi fácil não. No campo foi com 11 anos. Na base eu nunca fui a revelação, aquele cara que chamava a atenção, mas eu sempre estava entre os destaques. Não era o número um, mas sempre estava entre os três primeiros ali se destacando. Na base até chegar aos juniores eu não conseguia ter uma sequência como titular, sempre era reserva. brigando, tinha alguma chance de ser titular e acontecia alguma coisa. Jogava e não jogava, o treinador preferia outro e tinha algumas outras coisas. Só fui começar a chamar atenção realmente, com mais força e com mais ímpeto nos juniores porque aí eu fui jogando sempre. Primeiro ano de juniores tendo chances de ir jogar em um ano mais velho, ou dois anos mais velhos do que eu. Então aí que eu comecei a me destacar um pouco mais na base até chegar ao profissional. Foi muito difícil sem ter muito destaque individualmente, mas a partir do juniores que eu comecei a me destacar mais que aí eu consegui chegar ao profissional e ter um destaque maior. Fui até convocado para três copas de juniores, mas acabei não indo em nenhuma. Uma era dos que nasceram em 1989, e eu não fui porque o treinador escolheu um outro jogador. Na de 1990 eu machuquei o meu ombro e a que era o meu ano, em 1991 eu também estava com o ombro machucado e acabei não indo para nenhuma copinha, mas consegui destaque individualmente nos outros anos para subir ao profissional.

 

3- Você foi companheiro de time de um dos maiores jogadores da história do futebol, Ronaldinho Gaúcho. Como foi a experiência?

R: Uma experiência inesquecível pra mim, estar jogando com um dos maiores jogadores do mundo o Ronaldinho. Então a gente se encantava com o carisma e a alegria dele, com os treinamentos e com a habilidade que ele tinha. A personalidade que ele tinha pra dizer quando davam a bola pra ele, que garoto tinha que jogar com tranquilidade, só se divertir, brincar em campo, que a responsabilidade maior era dele. E isso era muito importante, a gente olhava e pensava “caramba, jogava com ele no videogame, via ele na televisão e agora estou jogando com ele”, eu ficava ali e parecia que era um sonho. A gente até brincava de se beliscar para ver se aquilo era realidade mesmo. Tu via a técnica dele, os malabarismos que ele fazia na época do Barcelona, tudo igual, não tinha diferença nenhuma. A gente achava que era engano, que não era nada e que era mentira, quando fomos ver lá na hora e era a realidade da realidade. Até fazia muito mais coisas do que fazia lá. É um cara fantástico, amigo. Cheguei a quase concentrar com ele uma vez porque eu não tinha intimidade, era novo e não concentrei com ele, mas é um cara gente boa demais, tranquilo, bacana e vivia rindo e brincando. Trazia muita alegria pra dentro do ambiente e foi um ano sensacional de muito aprendizado com ele lá.

 

4- Desde pequeno, quem era sua maior inspiração no futebol? Qual jogador você se inspirava para alcançar seus objetivos?