Lukian Araújo de Almeida é um atacante de 27 anos, nascido no Rio de Janeiro-RJ. Começou sua carreira no Nova Iguaçu em 2011. Teve passagens pelo Rio Branco-SP e o Luverdense-MT antes de sair do Brasil.
Fora do futebol nacional, jogou pelo Bucheon, Busan IPark e Anyang, ambos da Coreia do Sul. Depois, seguiu no futebol asiático e jogou na Tailândia, pelo Samut Prakan City e Chonburi. Agora, está no futebol japonês para jogar pelo Júbilo Iwata.
Confira agora a entrevista que Lukian cedeu ao Mercado do Futebol, onde ele conta sobre sua carreira e suas expectativas para o futuro no futebol
1- Lukian, você começou sua trajetória no futebol com o Nova Iguaçu lá no início da década de 2010. Como foram esses primeiros anos com status de profissional até sua saída para o Rio Branco-SP e a chegada no Luverdense?
R: Então, sobre o Nova Iguaçu, comecei na base lá, no juvenil. Eu tinha bastante confiança da diretoria, do presidente, do treinador e de tudo dá certo. Mas devido a uns problemas fora de campo: empolgação da juventude, problemas extra-campo; acabei me afastando um pouco do meu sonho, dos meus objetivos. Eu via os jogadores passarem na minha frente e eu fui ficando para trás devido às empolgações dos amigos e tal. Aí acabou acontecendo os empréstimos, fui para o Rio Branco por dois anos. Assim começou a cair [o nível] demais, já tinha pedido a rescisão ao Nova Iguaçu, ia parar de jogar bola, aí cheguei no Luverdense, uma porta que abriu, mas acabou que eu não consegui me firmar também.
2- Você é um atacante, conte mais sobre seu estilo de jogo e suas características para quem ainda não o conhece.
Desde a época do Nova Iguaçu eu melhorei bastante. Peguei mais velocidade, mais força. Então, hoje, eu consigo jogar mais centralizado, nas pontas, usar a velocidade e a força na finalização. Melhorei bastante e tenho melhorado mais. Graças a Deus.
3- Depois que você saiu do time de Mato Grosso, ficou um tempo sem clube e foi para a Coreia do Sul. Nesses primeiros momentos fora do Brasil, o que foi mais difícil para ti e quais as principais diferenças entre o futebol sul-coreano e o brasileiro?
R: Depois que eu sai do Mato Grosso, fiquei desempregado. Aí surgiu a oportunidade de ir para a Coreia [do Sul] graças ao Sandro Hiroshi, que jogou no São Paulo. [Ele] me deu a oportunidade de ir para a Coreia. Eu tinha jogado com ele no Rio Branco. Ele sempre falava que ia me ajudar. Ele pôde me ajudar num período que eu estava precisando e surgiu a oportunidade. Então, eu fui para a Coreia, meio que do nada, soube num dia e viajei no outro. Os primeiros momentos foram difíceis, primeira vez que eu sai do país. Mas eu tive que me acostumar rápido, porque foi tudo muito rápido e tava no meio do campeonato lá. Os primeiros meses foram bem difíceis, treinava de manhã, de tarde e de noite. O treinador pegava muito no meu pé, mas graças a Deus deu tudo certo e eu consegui me firmar.
4- Na Coreia do Sul, você passou por três times: Bucheon, Buson IPark e Anyang. Em qual desses clubes você vê que conseguiu mostrar seu melhor futebol?
R: Então, na Coreia do Sul eu passei pelo Bucheon, Buson e o Anyang. Eu acho que consegui mostrar meu melhor futebol no Bucheon. Fui bem para caramba nos dois anos que eu fiquei lá, 2015 e 2016, foram meus melhores anos na Coreia. Aí surge a oportunidade de ir para o Busan, time conhecido na Coreia. Mas as coisas não aconteceram devido ao treinador não gostar muito do meu estilo, àquelas coisas que acabam perdendo a confiança do jogador. E o treinador não botava eu muito para jogar, colocava o outro atacante e jogava com um atacante só. Então, as coisas ficaram um pouquinho difíceis, fui perdendo a confiança e jogador sem confiança é complicado. Aí não tive muita oportunidade e fui para o Anyang e me reerguer, mas foi um curto tempo.
5- Após sua passagem na Coreia do Sul, foi para o Samut Prakan City da Tailândia. Lá, você conseguiu uma boa sequência e ficou com uma média superior a 0,5 gol por jogo. Como você se avalia na passagem pelo time até a ida ao Chonburi?
R: Quando eu tive oportunidade de ir para a Tailândia, muitas pessoas acharam loucura eu sair da Coreia, porque eu tinha contrato e decidi ir para a Tailândia. Mas, eu botei na minha cabeça que seria bom para mim, morrer novo depois de três anos na Coreia. Por aquele momento de desconfiança, eu achei que seria bom para mim e foi uma das melhores decisões que eu tomei. Lá, eu consegui fazer um ano bom, fiz bastante gols, tive até oportunidade de voltar para a Coreia no final do ano. Mas acabei optando de ficar na Tailândia e ir para o Chonburi.
6- No Chonburi, você manteve as boas atuações e terminou sua passagem com participação direta em um gol por jogo. Como foi essa última temporada para ti e você consegue perceber sua evolução em relação às outras temporadas?
R: No Chonburi, graças a Deus as coisas deram certo. Além de receber todo o respaldo do clube, me recebendo com muito carinho, me deu todo o apoio para ir bem dentro de campo. Cheguei lá com bastante moral, o pessoal me tratou muito bem e isso ajudou no meu rendimento dentro de campo e os números falam por si. Consegui fazer quase um gol por jogo nos jogos que eu fiz lá. Fui muito bem, foi meu melhor ano e nisso veio a oportunidade de vir pro Júbilo. E graças a Deus as coisas têm evoluído a cada ano que passa.
7- Agora, você desembarca no Japão para um novo clube, o Júbilo Itawa. Conte sobre sua expectativa para atuar pelo time e para os novos desafios no solo japonês.
R: Agora veio a oportunidade de vir pro Júbilo não numa situação muito boa do time. Já vim para cá com o time brigando para não cair, mas eu percebi que seria uma oportunidade boa para mim. Além de ser um clube grande no Japão, é um campeonato grande, de nome. Então, por mais [que tem] as dificuldades do time, eu vi que poderia ser uma grande oportunidade pro meu crescimento. Eu não pensei duas vezes antes de vir pro Júbilo. A expectativa aqui é grande. Primeiramente, ajudar o time a sair da zona e me firmar aqui no solo japonês, que é também um objetivo grande. Mas o objetivo principal é tirar o Júbilo da situação que se encontra.
8- Por fim, você está com 27 anos, tem algum plano de retornar ao Brasil em temporadas posteriores? Por quê?
R: Em relação a voltar ao Brasil, é complicado falar, porque eu sou um cara que não tive muita passagem no Brasil. Eu não tenho um mercado no Brasil. Claro que a gente tem um sonho, eu com certeza sonho em jogar no Brasil, em times de nome. Mas não sei se ainda seria possível, os sonhos ficam. Se eu puder ficar aqui na Ásia e as coisas derem certo, eu também quero crescer aqui.
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