Henan Faria da Silveira nasceu no dia 3 de abril de 1987, é um atacante revelado pelo União Barbarense e coleciona passagens por Athletico Paranaense, Guarani, Figueirense, Botafogo-SP e hoje está na Ferroviária. Se destaca pelo bom posicionamento e seu faro gol
1- Você começou a jogar futebol, e muito cedo, já foi pra Suíça atuar pelo Lugano, o que tem a dizer sobre essa experiência internacional muito jovem?
R: Olha, não digo que começei tão cedo assim minha trajetória no futebol, até porque não tive um trabalho de base muito longo, passei minha adolescência jogando na várzea até entrar em um clube aos 17 anos. Depois com 18 já estava indo pra Suíça, e me profissionalizando lá. Eu acredito que essa passagem fora me fez crescer muito, até por não ter tido um trabalho de base no Brasil.
2- Quando voltou, você atuou pelo Bragantino (hoje RB Bragantino), Hortolândia e RB Brasil, até chegar ao Athletico Paranaense, onde não se firmou, mas como foram essas temporadas, inclussive passando por um clube que cresceu muito recentemente?
R: Olha minha passagem pelo Bragantino em 2008 foi curta, eu quase nem joguei, e já fui para o SEV Hortolândia em 2009, de lá fui para o Red Brasil, aonde fui campeão em 2010 e tive o acesso em 2014 também, clube do qual sou o maior artilheiro da história com 53 gols em 99 jogos. Minha passagem pelo Red Bull em 2010 foi marcada por uma temporada de títulos e artilharia da copa paulista na qual fomos vice-campeões. Temporada em 2010 eu terminei com 30 gols em 41 jogos, depois fui transferido para o Athletico em 2011 mas não fui aproveitado por lá e retornei Red Bull.
3- Após tudo isso, você teve algumas passagens entre idas e vindas pelo RB Brasil, e lá foi onde começou a se destacar e aparecer por fazer gols, como foram essas passagens?
R: Olha, cresci muito no Red Bull Brasil e sou grato por eles terem me aberto as portas em 2010, graças a Deus todas as minhas passagens por lá foram vitoriosas e os números de gols só aumentaram durante os anos que joguei lá. Tive idas e vindas por não haver calendário e por isso na maioria das vezes saia por empréstimo e retornava ao clube até 2014, ano que conseguimos o acesso e depois se encerrou meu contrato.
4- Você também teve três passagens pelo futebol da Coreia do Sul, como foi a adaptação ao país diferente e suas experiências?
R: Minhas passagens pela Coreia do Sul foram boas. É um país que gostei muito de morar e me adaptei muito bem, gostaria de ter tido tempo de jogar uma temporada por completo, mas sempre ia por empréstimo pra lá e não fazia as competições por completo, infelizmente eu sempre pegava a metade final da temporada. Mas foi muito válida a experiência.
5- Entre as passagens na Coreia, você ainda atuou pelo Guarani e São Bernardo, essa segunda, onde foi bastante artilheiro, o que você tem a dizer das equipes e suas torcidas?
R: Guarani foi uma passagem curta, eu estava emprestado pelo RB Brasil e acabei que não tive muitas oportunidades e isso foi uma pena, pois acredito que teria feito muitos gols com a camisa do Bugre. No São Bernardo joguei mais e como em todos os clubes que tive condições de mostrar meu trabalho eu correspondi com meus gols.
6- Em 2017, a sua boa performance no Paulistão pelo Santo André chamou a atenção do Figueirense, equipe onde você foi muito bem, mesmo com uma crise enorme no clube. Uma vez, no programa do clube, “A camisa do gol”, onde você entregou uma camisa sua para um torcedor, você disse ter conversado com o Fernandes (ídolo do clube) antes de aceitar a proposta, pois haviam jogado junto no RB Brasil e eram amigos. Você pode falar um pouco mais sobre a amizade com ele, e o que ele falou que fez você aceitar a proposta?
R: 2017 foi um ano especial pela performance no Paulistão e depois no Brasileiro da Série B, realmente sou amigo pessoal do Fernandes da época que ele passou pelo RB Brasil. Quando tive a proposta do Figueirense, falei com ele antes e perguntei do clube, ele não estava no time na época me passou uma visão de lá e de sua torcida, na época ele me falou muito dos fiéis torcedores e de quanto ela empurrava o time, fui para o local e vi a oportunidade de fazer história em um clube, e graças a Deus, fui campeão e deixei meu nome marcado na história, além de tudo isso tenho um carinho grande pelo Figueirense.
7- Em sua primeira temporada pelo Figueirense, você participou de 32 jogos, fez 12 gols e foi titular absoluto durante quase toda a campanha. Na sua segunda temporada disputou mais 30 jogos fazendo 9 gols, mas muitas vezes saindo do banco. Nessa passagem pelo clube você acumulou então 62 jogos e 21 gols (quase 1 à cada 3 jogos) e é o segundo jogador que mais balançou as redes com a camisa do clube após a saída de Fernandes, atrás apenas de Clayton com 27, você acha que é por esses fatores que, em geral,g rolou uma identificação com o clube e torcida?
R: Acredito que sim, tive uma identificação grande com o clube e com o torcedor, vivemos um período difícil financeiro no clube e mesmo assim fomos campeões em 2018. No Figueirense fiz muitos gols também e isso contribuiu para que a torcida me abraçasse também.
8- Em 2019 você disputou o Paulistão pelo São Bento, e a Série B pelo Botafogo-SP, você não foi titular no time, mas fez 6 gols pela equipe, que surpreendeu na competição, como analisa sua temporada?
R: 2019 foi um primeiro semestre terrível, não joguei no São Bento e não pude ajudar o clube a evitar o rebaixamento, foi um semestre para ser esquecido. Depois minha ida para o Botafogo foi boa e por pouco não conseguimos o acesso. Lá tínhamos um trio de centroavantes bons e não tinha um titular, revezávamos entre nós e no final acabei fazendo parte da vice-artilharia da equipe, atrás apenas do Murilo, que era nosso meia de criação.
9- Na temporada atual, você participou de 11 jogos pela Ferroviária, marcando 3 gols com essa camisa, e dois deles foram em jogos decisivos, o primeiro contra o Avaí e o segundo contra o Águia Negra, ambos na Copa do Brasil, os dois gols foram aqueles que abriram o placar nos jogos, mas contra o Avaí a sua equipe precisava da vitória para a classificação. Como está sendo marcar estes gols decisivos?
R: 2020 na Ferroviária acabei fazendo gols decisivos para a equipe na Copa do Brasil e com isso nos classificamos até a terceira fase. Fico feliz de ter ajudado o clube a chegar até essa fase da Copa do Brasil da qual se encontram hoje.
A equipe do Mercado do Futebol agradece a sua atenção e deseja o sucesso no decorrer de sua carreira.