
Na última segunda-feira, 1º de junho, entrevistamos por meio de uma live do nosso Instagram, o treinador João Brigatti que comentou sua trajetória na carreira com passagens por Paysandu, Sampaio Corrêa e atualmente na Ponte Preta, confiram os fragmentos textuais e a live por completo no nosso IGTV:
1- Primeiramente queremos que se apresente aos leitores do site Mercado do Futebol para que lhe conheçam melhor? Passou pela seleção da Jamaica e Jeonmnam Dragons (preparador de goleiros), como descreves essas passagens?
R: Sou treinador de futebol, como jogador atuei em 202 partidas pela Ponte Preta, sendo o terceiro goleiro com maior número de atuações pela equipe campineira. Acabei sendo emprestado durante um tempo, mas fiz a minha base na Associação Atlética Ponte Preta. Como treinador tive experiências como preparador de goleiros, auxiliar-técnico, técnico interino e agora treinador oficial da agremiação paulista. A primeira oportunidade que tive foi na própria Ponte Preta, trabalhando na base com o treinador Marco Aurélio e depois de um tempo fui preparador de goleiros e durante este período revelei Aranha, Lauro e Dênis, entre outros grandes arqueiros. Assim apareceu a oportunidade de ir para a Jamaica, fui pensando em uma situação e vi outra totalmente diferente, um país acolhedor que pouco chove até dificultando um pouco a prática e melhoria do futebol, algo que me chamou a atenção foi as crianças indo para o colégio de forma organizada. Logo após tive a chamada do futebol coreano e tive um contraste de temperatura, onde saí de 38, 39 graus para chegar a um lugar com – 15 graus em Seul. A Coréia do Sul é um local muito bom e pretendo voltar como treinador.
2- Esteves no Paysandu SC. Como recebeu a proposta de treinar uma equipe tão forte da Série C, depois de ser auxiliar tempos atrás? Como foi a recepção da torcida perante o seu nome? Quais os pontos positivos a qual possa destacar na sua ida para o Papão? Deixou o Paysandu sem perder em 2019, a que se deve tal decisão da diretoria? Passou pelo Sampaio Corrêa em 2019-2020, como analisas a estrutura da equipe? O Sampaio passa por problema financeiros e teve que se desfazer de alguns atletas, isso lhe dificultou em algum aspecto durante sua passagem? Como analisas o clube maranhense para a disputa da Série B? Como foi subir de divisão ano passado? Como analisas o trabalho de Hélio dos Anjos que consegues ter uma sequência no Papão?
R: Com o acesso para segunda divisão, as portas do Paysandu estiveram abertas para mim e apesar da minha saída depois de algumas situações, a torcida pede minha volta, pois no tempo que estive no clube procurei honrar e trabalhar pelo bem da camisa. Agora com a presença de Hélio dos Anjos no comando-técnico, sei que a agremiação está em boas mãos e vai trabalhar para subir de patamar e deixar o clube paraense em uma posição mais confortável que seria a Série B. No início do ano fizemos todo um trabalho de formiguinha para procurar nomes que se encaixasse na nossa filosofia e que rendesse perante a torcida, junto com Felipe Albuquerque e o restante da diretoria. Por causa que no Paysandu, muitas vezes preferem aquele atleta com imposição física do que jogador mais cadenciado, no final de 2019, já com o Hélio, o time foi eliminado na terceira divisão em certas circunstâncias contra o Náutico, mas fizeram o certo em mantê-lo e assim continuar o bom trabalho que poderá gerar frutos ainda nesse ano.
R: No Sampaio Corrêa cheguei em um momento delicado, porém com a fortificação do elo entre a minha pessoa, os jogadores e a torcida chegamos ao número de seis vitórias seguidas, assim vencendo todas as adversidade estivemos no mata-mata contra o São José-RS e com o empurrão dos torcedores no estádio Castelão com uma atmosfera incrível, conseguimos subir de divisão. Vivi um grande momento no Sampaio, como quero também viver na Ponte Preta, sobre as dificuldades financeiras, todos os times passam, até o próprio Flamengo com um orçamento gigantesco teve que realinhar a equação, o clube maranhense tem que fazer seu equilíbrio financeiro.
3- Na Ponte Preta teve passagens como auxiliar-técnico e técnico interino. Tens mais de 50% de aproveitamento com a camisa da Macaca campineira, acreditas que a sua saída foi de certa forma abrupta pelo rendimento em campo? O que teria para indicar de eficiências e deficiências no elenco da Ponte? Como analisas os novos reforços da Ponte, em quais características específicas eles irão te ajudar? Como vês o time de Campinas reforçado, enquanto a maior parte dos times na Série B ainda tem um planejamento incerto? A Ponte estaria na lista dos favoritos para o acesso? Podes dizer que a Ponte é a sua casa, pois já atuou em diversas formas na equipe e ainda também é de Campinas?
R: No futebol aprendi que muitos mais que os resultados, as relações com os funcionários é algo importante. O dia-a-dia e o falar com faxineiro, roupeiro, entre outras funções nos ajudam a dimensionar o nosso trabalho na equipe. Sobre a saída da Ponte, muitos dirigentes buscam somente algo dentro do campo, por exemplo, quando fui demitido fizemos um bom jogo contra o Guarani, sendo melhores e merecendo um resultado positivo, até poderíamos ter ganhado, caso tivesse sido marcado o pênalti no fim. Depois enfrentamos o Vila Nova que na época se comportava bem fora de casa e eles arrancaram um empate. Assim acabei não tendo continuidade, todavia com todo o trabalho atual feito pela diretoria da Ponte, iremos buscar fazer diferente, ou seja, o acesso.
R: O Campeonato Brasileiro Série B é difícil, principalmente pela logística, pois na terça estamos em São Luís-MA, já no sábado poderemos estar em Pelotas-RS atuando contra o Brasil. Por isso estamos qualificando o elenco, principalmente olhando o estadual de São Paulo, por causa que é o mais difícil em termos de ser campeão, sem deixar é claro os outros estados de fora. A Ponte Preta saiu na frente com as contratações, mas pode ser enganoso e temos que estar atentos ao mercado, buscando sempre novas oportunidades interessantes.
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