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Entrevista com o zagueiro Felipe Barros, ex-River

Felipe Barros é zagueiro, seu último clube foi o River-PI, atualmente ele se encontra sem clube. O jogador de 25 anos foi revelado no São Paulo, e logo no inicio de sua carreira foi para o Yokohama FC, do Japão. Felipe também já teve passagens no futebol português, onde defendeu o Farense e o Santa Clara, além de ter jogado no Batatais-SP, Novorizontino e Penapolense-SP

 
FICHA TÉCNICA:

Nome: Felipe de Oliveira Barros
Apelido: Felipe Barros
Naturalidade: Recife-PE
Nascimento: 05/08/1994
Posição: Zagueiro
Altura: 1,94

 
ENTREVISTA:
 

Cayo Vinicius [MF]: Você foi formado pelas categorias de base do São Paulo e logo foi para o Yokohama, do Japão. Qual foi a principal dificuldade para se adaptar no futebol japonês?

Felipe Barros: Sim, sim. Eu fui formado pela base do São Paulo, e depois do termino do contrato (com o São Paulo) eu fui para o Japão. A principal dificuldade para me adaptar foi mesmo a cultura deles, o futebol também, que é um pouco diferente do brasileiro. Eu tomei um ”choque de cultura” muito grande. Enfim, quando deu um mês, um mês e meio, eu já estava bem adaptado a cultura deles e hoje eu amo de paixão, tenho muitas saudades.

 

Cayo Vinicius [MF]: Além do Japão, você também jogou em Portugal. Qual desses dois países você gostou mais de atuar?

Felipe Barros: No Japão eu atuei pouco, mas vou falar de um lugar onde fui muito feliz, posso dizer que foi o melhor momento muito feliz da minha carreira, que foi o Farense-POR. Hoje se encontra na primeira liga, recebeu a promoção agora, fizeram uma ótima temporada e agora vão para a primeira liga, que é onde deve estar para um clube da grandeza do Farense. Para mim foi um momento muito especial, tem lugares que são feitos para você ser feliz, e lá foi para mim.

 

Cayo Vinicius [MF]: Quais as principais diferenças, principalmente culturais, entre o Brasil, Japão e Portugal?

Felipe Barros: Assim que eu cheguei no Japão eu tomei um choque, porque eu vi um país que é o oposto do que é o Brasil, eles são bem mais respeitadores, bem mais educados, são super acolhedores, não é atoa que é o país com mais brasileiros no mundo, não é Portugal, é o Japão. Tem uma cidade lá, Aichi (província de Nagoya), que é de brasileiros, onde tem shopping brasileiro, restaurante brasileiro, o país todo é cheio de brasileiro. Em Portugal o povo é um pouco mais fechado, eles não são tão acolhedores quanto o povo japonês. O Brasil é isso que a gente já conhece, você pode passar 200 anos e vai ter saudades, eu estava no Japão e tinha saudades daqui. O povo daqui é quente, é brincalhão, mesmo sendo um povo sofrido pra caramba, é batalhador, essa é uma diferença entre um e outro. Eu vi uma educação lá muito boa, eu queria que o Brasil fosse que nem o Japão, a gente está um pouco atrasado na questão de educação, estrutura, em tudo.

 

Cayo Vinicius [MF]: Seu contrato encerrou com o River recentemente, mas pela sua experiência na breve passagem que teve lá: o que você indicaria e melhoraria hoje no futebol piauiense?

Felipe Barros: Sim, meu contrato com o River acabou, e quero deixar meu agradecimento a instituição, pelos meus poucos e importantes momentos na carreira com o River. Cara, o futebol piauiense está crescendo muito no passar dos anos em termos de organização, o povo do Piauí tem tomado medidas para que o esporte seja melhor. Mas ainda falta estrutura para o atleta, renda limitada, além de ter jogadores que trabalham para completar a renda. Minha recomendação é para que a gestão, ela seja melhor em condições para quem joga, principalmente em campo, pois existem poucos bons para jogar. Nada se faz sem o dinheiro, eu espero que cresça em questões de estrutura, para que os atletas elevem o nível do espetáculo.

 

Cayo Vinicius [MF]: Atualmente você está sem clube, mas tem algum clube específico ou alguma liga que você sonha em disputar? Você está em negociação com algum clube?

Felipe Barros: Meu contrato com o River expirou e por enquanto não tem nenhuma novidade sobre novo clube, meus empresários estão vendo isso e queria retornar ao futebol português, como falei fui muito feliz quando joguei e já conheço o local, então para mim seria ótimo.