Lateral-esquerdo, polivalente, com passagens por alguns clubes brasileiros e há 3 anos pela Coréia do Sul, Wanderson, de 29 anos, concede entrevista ao MF.
Imagem: Jeonnam Dragons.
O que acha da ideia de entrevistar? Há quanto tempo já está pela Coréia?
W: É uma ideia interessante, você poder se apresentar, mostrar o seu trabalho para pessoas que não te conhecem, que não acompanham seu trabalho, ainda mais eu que não estou no foco do Brasil mas aqui abriu um bom mercado, consegui jogar por alguns times, estou já há uns 3 anos jogando por aqui, então acabei ficando bem conhecido por aqui devido à essa rodagem.
O que motivou sua escolha pelo futebol Coreano?
W: Quando eu era muito mais novo, haviam surgido rumores de propostas da Turquia, mas em 2015, quando se concretizou essa proposta da Coréia, eu não pensei duas vezes porque eu nunca tinha jogado fora do país e eu queria ter essa experiência de saber como é o outro lado, de conhecer e acabou que do futebol coreano apareceu e hoje estou bem adaptado. Gosto muito da cultura daqui, do futebol daqui e eu procuro cada vez mais melhorar, me adaptar à evolução do futebol.
Como é a estrutura dos clubes? Alguma pode-se dizer que parece ser de clube europeu?
W: Tem clube aqui que a estrutura é de primeiro mundo, já joguei em alguns mais novos que surgiram que, pô, é brincadeira! E pode-se dizer que sim, que alguns se pareçam com clube europeu, os que investem bastante em questão de estrutura, de campo…
Sua adaptação foi positiva? Ainda sofre com dificuldades para se localizar?
W: Por incrível que pareça, minha adaptação foi bem rápida. Em 2015, quando eu cheguei, até me surpreendi com a minha evolução, porque foi de imediato e eu agradeço a Deus por ter me dado essa oportunidade, de ter feito eu chegar até aqui. Nos meus primeiros 6 jogos, eu fiz 5 gols, quando eu cheguei e até eu não acreditava que estava acontecendo isso na minha vida. O mais difícil foi a questão de língua, de conversar, pois você depende muito do tradutor. Hoje eu ainda não falo bem inglês, mas sei me comunicar muito melhor do que antes.
Imagem: Jeonnam Dragons.
Como é o torcedor? O esporte é popular? E a sua relação com a torcida?
W: O torcedor é como no Brasil, tem fãs malucos que amam o clube, mas o esporte não é tão popular como o Beisebol, que dá muitos fãs. O futebol coreano está evoluindo, então cada vez mais as pessoas estão indo aos estádios e a minha relação com a torcida é muito tranquila, eles gostam dos estrangeiros e sempre apoiam, torcendo para os estrangeiros irem bem no time.
O campeonato tem potencial para se tornar referência? Foi lhe apresentado algum projeto à longo prazo?
W: Tornar-se referência é meio difícil, porque já se baseiam no futebol europeu como referência, se inspiram no futebol inglês, no espanhol e até mesmo no brasileiro. Já foi apresentado um “projeto”, mas eu ainda estou no meu começo de campeonato, então vamos ver o que Deus tem preparado para nós.
Do que você sente mais saudades do Brasil? Quais as alternativas que você buscou para se sentir mais em casa quando chegou ao País?
W: Da minha família. Minha esposa também sente falta da família dela no Brasil, hoje ela e meu filho estão comigo para tudo e o resto que se sente saudade são besteiras como comida, aquele cuscuz, uma tapioca, mas a gente tenta trazer um pouco do Brasil para suprir essa saudade.