O treinador Rogério Corrêa, de 39 anos, assumiu o comando da Portuguesa/RJ em 2018, sendo sua primeira experiência como técnico de uma equipe. Atualmente, cumpre a terceira temporada no time carioca. Em seu currículo, além de ex-jogador, também consta a profissão de auxiliar-técnico
1- Qual é a tua maior inspiração no meio futebolístico, tanto como jogador, quanto técnico?
R: Ronaldo Fenômeno como jogador, Vanderlei Luxemburgo, Pep Guardiola e Leston Júnior como treinadores.
Foto: Portuguesa-RJ.
2- Tu já jogou em clubes como o Paysandu, CRB, Vasco, Bangu, Ceará, Brasiliense, entre outros. Nesse meio, qual foi o teu melhor momento como jogador?
R: No Vasco foi o ápice não só por estar bem, mas por ser no início da carreira, ser campeão no Maracanã, realizar o sonho de criança no primeiro ano de profissional, a ida para a Grécia também foi um momento especial e a minha passagem em 2009 por Belém, onde joguei no Remo e Paysandu.
3- Tu já tinha uma boa experiência como auxiliar-técnico e hoje é técnico do Portuguesa/RJ que é o clube onde vem sendo a tua primeira experiência nessa profissão, o que tu esperava desse novo desafio? Como pode definir esse início de carreira como o treinador da equipe?
R: Sim, fiquei por 3 anos de auxiliar, passei pelo Sub-20 da Portuguesa e do Atlético/GO e ano passado assumi a equipe principal. Eu tinha muita convicção que se eu tivesse a oportunidade eu estaria pronto e com o grupo que a Portuguesa tem nós iríamos fazer um bom trabalho e é o que vem sendo feito, fomos vice-campeão da Copa Rio, me credenciando a permanecer no comando para a Seletiva do Carioca em que passamos em 1º com uma rodada de antecedência e indo para a Fase principal, onde fizemos um bom primeiro turno e estamos com chances de classificação no segundo turno. No nosso último jogo antes da parada fizemos um excelente jogo contra o Flamengo, onde perdemos nos acréscimos.
4- Enquanto auxiliar-técnico, tu já trabalhou ao lado de Leston Júnior, no Moto Club, quais foram os aprendizados que tu conseguiu captar dessa experiência em relação à metodologia de trabalho? Em caso de um possível enfrentamento entre o Portuguesa e o Floresta, como tu acha que seria esse encontro entre vocês?
R: O Leston é um amigo, irmão e mestre, eu com certeza evolui muito com ele, em forma de metodologia de trabalho nós pensamos parecidos, mas a entrega dele ao trabalho, a observação e cobrança aos detalhes foi o que mais me chamou a atenção, um cara muito inteligente. Tomara que haja esse confronto com os dois já garantidos na Série C (risos), mas se um dia houver esse jogo, com certeza será um jogo com muita tática e com duas equipes bem postadas e sabendo o que irá fazer.
Foto: Portuguesa-RJ.
5- Em termos de condução de equipe e gestão do clube, quais são as diferenças entre o Moto Club e o Portuguesa/RJ?
R: As diferenças são grandes, clubes bem diferentes, quase o oposto. No Moto você tem uma torcida grande e que cobra muito o resultado, você tem a mídia todos os dias, mas quando tivemos no clube, tínhamos um problema grande quanto a estrutura para treinamento, pagamento o clube não vinha passando por um momento bom. A Portuguesa é um clube social, não temos a mídia, mas aqui o pagamento é em dia, tem uma estrutura boa de treinamento, campo de jogo da melhor qualidade, então são situações bem diferentes.
6- Em relação a metas, tem alguma meta que tu estipulou para atingir como treinador? Tem alguma equipe brasileira que sonha em treinar ou já pensou em treinar clubes do exterior?
R:Eu tenho as minhas metas e é uma coisa que guardo comigo, mas com certeza elas não são pequenas. Não tem uma em específico, quero trabalhar no mais alto nível, quero trabalhar aonde me querem e onde podem dar uma boa condição de trabalho. E sim, quero um dia ir para o exterior, quero viver essa experiência, vivi quando era jogador e quero viver como treinador também.
Foto: Portuguesa-RJ.
7- Na tua experiência como jogador, tinha algumas características que tu gostaria de ver no técnico da equipe e que hoje tu tenta colocar em prática?
R: Sim, explicar tudo, fazer o jogador entender o jogo e não só jogar futebol, essa é a principal.
8- Fazendo menção ao atual cenário vivenciado por todos nós e em relação à paralisação do futebol, o que tu acha que vai acontecer esse ano? Tu projeta algum retorno nos campeonatos?
R: A situação está bem complicada, mas creio no retorno sim, aqui no Rio já fizemos os testes de Covid e estamos só no aguardo do prefeito, acho que o futebol irá mudar muito, principalmente na parte financeira.