Ferroviário, o renascimento nacional de um dos grandes cearenses

O Ferroviário Atlético Clube conquistou o acesso à Série C do Brasileiro contra o Campinense e depois de muitos anos retoma o posto de clube que possui um calendário cheio assegurado

A história do enea-campeão estadual se inicia em 1933, doze anos após o primeiro título, o Maguari (time dos príncipes) era o favorito, mas foi superado. As outras conquistas foram em 1950 (na frente do Fortaleza), 1952 (vice-campeão foi o Ceará), 1968 (invicto, segundo lugar foi o Fortaleza), 1970 (Ceará vice e a segunda divisão foi extinta no ano), 1979 (segundo foi o Fortaleza e parou o possível segundo pentacampeonato do Ceará), 1988 (vice, o Fortaleza e uma curiosidade o Tiradentes foi campeão do primeiro turno, saindo do trio principal que conquistava tudo desde 1970) e o bi-campeonato em 1994 (vice-campeão, o Ceará) e 1995 (Icasa vice-campeão).

A nível nacional existem as disputas nas Série A e B, na primeira divisão em 1979 ficou em 73º de 94 times, 1980 terminou em 28º de 44 clubes, em 1981 terminou em 27º lugar, no ano seguinte ficou em penúltimo lugar ou seja 43º colocado. Em 1983 esteve em 36º lugar e na última oportunidade no ano posterior terminou em 33º. Na segunda divisão os resultados nas 7 participações foram melhores, em 1971 ficou em sexto lugar, sendo eliminado pelo Itabaiana-SE e vinte anos depois na última chance ficou em 44º colocado. Já na terceira divisão quase subiu em duas participações, 1997 (sexto colocado) e 2006 (quinto lugar).

Na Série D desse ano, o Ferroviário chegou por causa do vice-campeonato estadual do ano passado, ao perder do Ceará nas duas partidas decisivas. O planejamento foi bem feito e muito por isso chegou a vaga merecida. No grupo A4, o Tubarão empatou os seus três duelos em casa (1 a 1 contra o 4 de Julho-PI, 0 a 0 contra o Cordino-MA e 1 a 1 contra o Interporto-TO), já fora de seus domínios venceu duas partidas (1 a 0 contra o 4 de Julho e 3 a 2 contra o Interporto) e empatou de 1 a 1 contra o Cordino. Apesar da classificação em primeiro lugar, Maurílio Silva foi demitido, o que poderia ser um quebra de paradigma foi recuperado com a vinda de Marcelo Vilar.

O Ferroviário terminou em penúltimo lugar entre os primeiros colocados e enfrentou o segundo lugar de seu grupo, o Cordino, no duelo inicial 3 a 3 no Maranhão e no sofrimento, 1 a 0 simples (primeira vitória da equipe nos seus domínios na quarta divisão). Na segunda eliminatória passou pelo Altos, após empatar em 1 a 1 no Piauí e 4 a 2 em seus domínios. No duelo decisivo, enfrentou o favorito Campinense-PB, 3 a 2 na Arena Castelão e 1 a 0 em Campina Grande-PB, nas penalidades 5 a 4 e acesso para Série C. O atacante Edson Cariús se tornou o artilheiro da competição com nove gols (com um hat-trick contra o Altos do Piauí).

Imagem da Capa: Pedro Chaves/FCF.