A zagueira começou sua trajetória no Centro Olímpico-SP, passou pelo Foz Cataratas-PR, Sport Recife, Santa Fé-COL e hoje está no Famalicão, de Portugal
Giovanna dos Santos Nascimento, ou Gi Santos como é conhecida, nasceu no dia 22 de abril de 1997 na cidade de São Paulo. É uma zagueira que já jogou por vários clubes no Brasil e agora está em seu segundo time estrangeiro, o Famalicão-POR.
Sua carreira começou no time do Centro Olímpico, de São Paulo, em 2016. No mesmo ano, ela chegou ao Foz Cataratas, do Paraná e ficou até 2017. O destino seguinte foi o Sport Recife e por lá ela ficou dois anos até que retornou ao Foz Cataratas e se transferiu para o Santa Fé. Após sair da Colômbia, o destino foi o português Famalicão FC.
Confira agora a entrevista cedida pela Giovanna Santos ao Mercado do Futebol. Ela contou sobre a dificuldade do futebol feminino, sua trajetória até o momento e o que espera para o futuro.
1- Giovanna, você é natural de São Paulo e seus primeiros registros mostram seu início no Centro Olímpico-SP. Conte seu começo no futebol, as dificuldades num esporte tão concorrido e se pensou em desistir em algum momento por causa do pensamento de alguns de que “mulher não pode jogar futebol”?
R: Qual atleta nunca pensou em desistir, não é mesmo? Certamente não foi nada fácil. Mas, eu dei a sorte de começar minha trajetória no Centro Olímpico. Ajudou demais e me possibilitou evoluir demais na profissão que eu escolhi para a minha vida.
2- Você joga no setor defensivo do campo como zagueira. Conte sobre suas características de jogo. E também se tem alguma jogadora que a inspira?
R: Sou uma jogadora alta e acredito que meu jogo aéreo e minha força são minhas principais características. Tenho algumas atletas as quais me gosto de observar bastante e tentar extrair o melhor de cada uma para encaixar em meu jogo.
3- Após jogar no Centro Olímpico, você foi para o Foz Cataratas, do Paraná. Como foi essa mudança de cidade, a adaptação ao novo clube e a chance de disputar a Libertadores?
R: Algo grandioso naquele momento da minha vida. Muito jovem e tento a gigantesca responsabilidade de jogar uma competição internacional. Gostei bastante e pude crescer como atleta.
4- Em 2017, você desembarcou em Recife para jogar no Sport e ficou duas temporadas por lá. Recentemente, algumas atletas do time pernambucano reclamaram da forma como foram tratadas e a estrutura para treinamento. Em sua época como estava a situação do time feminino lá?
R: Na minha época era mais tranquilo, o investimento e a condução da modalidade era completamente diferente.
5- Em 2019, você jogou o primeiro semestre no Foz Cataratas. Infelizmente, a equipe foi rebaixada e disputará a Série A-2 em 2020. Qual foi o aprendizado e se isso te ajudou a crescer como jogadora?
R: Minha segunda passagem no Foz foi curta, participei da campanha apenas no primeiro semestre. Infelizmente, não pude ajudar minhas companheiras na sequencia do campeonato. Recebi o convite de ir jogar na Colômbia e aceitei o desafio.
6- Desde o ano passado, muitos clubes foram obrigados a ter um time feminino para disputar as principais competições nacionais e internacionais. Além disso, tivemos a Copa do Mundo com uma enorme audiência. Nesta atual crescente do futebol feminino, qual sua avaliação sobre o interesse das instituições nisso e o quanto isso agrega ao futebol?
R: O cenário vem melhorando a cada dia que passa e isto é muito importante. Espero que não seja somente uma fase, mas sim uma realidade de mercado. Os times de camisa vem para agregar e abrir um leque maior de oportunidades para nós.
7- Agora você parte para Portugal para jogar pelo Famalicão, qual a sua expectativa para entrar neste novo desafio?
R: Sofrendo com o inverno (risos). Estou me adaptando e gostando demais. Aprendendo bastante a cultura de jogo aqui de Portugal e tudo que o Mister tem passado para nós. Estou muito feliz! Vamos em busca do título da Taça e do acesso para a elite.
8- Giovanna, você tem o objetivo de chegar nas grandes ligas europeias ou jogar nos Estados Unidos, que hoje é o principal centro do futebol feminino? Com a enorme visibilidade que o futebol feminino vem ganhando, a evolução acontecerá nos próximos anos com toda certeza. Como você enxerga o esporte a longo prazo?
R: Tenho objetivos de evoluir, independente do lugar. No momento penso no Famalicão e em chegar na seleção. São meus principais objetivos. Quanto ao longo prazo da modalidade, acredito em um cenário mais justo. Não precisa ser igualitário, não concorremos com o masculino, apenas queremos conquistar o nosso espaço.
9- Deixe também uma mensagem para as meninas que sonham em iniciar uma carreira no futebol.
R: Perseverança é a palavra-chave. Adversidades irão surgir e quando tudo parecer que não vai dar certo, aí que vocês terão que se manterem firmes. Talento só faz sentido, quando vir acompanhado de muito trabalho.
10- Por fim, um recado para os leitores e colaboradores do Mercado do Futebol.
R: Quero deixar um abraço para todos os leitores do MF e pedir que continuem acompanhando e apoiando o futebol feminino. Parabéns a vocês pelo trabalho também e pela oportunidade.
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