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Lateral Rafinha, ex-CSA conta sobre sua trajetória e especulações em entrevista para o MF

Rafael Chagas Machado, mais conhecido como “Rafinha”, estreou profissionalmente no Atlético Sorocaba, mas ficou marcado por sua passagem histórica pelo CSA nos últimos 5 anos. O lateral-esquerdo de 32 anos, originário de Campo Mourão-PR, acumulou três acessos consecutivos com o Azulão até chegar à elite do futebol, sendo um dos protagonistas do time

 

1- Lembrando da trajetória do CSA de 2016 pra cá, você participou dos momentos mais marcantes da história do clube, que foram os acessos consecutivos até a elite do futebol brasileiro. Como você avalia a sua participação dentro do time durante esses anos? Acha importante tomar uma postura de liderança ou ouvir mais é mais importante? O que você acha que mais fez a diferença para que o CSA conseguisse esses três acessos consecutivos, qual foi o “segredo”?

R: Então, eu tive uma trajetória muito bonita no CSA, de 2016 até final de 2020, com a pandemia agora até o final de 2021. Foram cinco anos de uma história que teve três acessos, dois títulos estaduais, o bicampeonato alagoano e o Campeonato Brasileiro da Série C. É muito importante pra carreira, a gente conseguiu um feito inédito desse, conseguimos sair da Série D e chegar até a elite do futebol. Eu acho que um dos segredos desse sucesso foi que sempre foi mantido uma base, então isso faz com que os atletas novos que chegam acaba entrosando mais rápido com a equipe e faz com que a equipe tenha liga o mais rápido possível. Eu sempre tive uma postura mais de ouvir, de procurar ouvir e observar, mas tinha muitos líderes como o Leandro, Daniel Costa, outras pessoas que passaram pelo clube que tinham um papel muito importante nesse papel de líder, então eu creio que o segredo desse sucesso aí durante esses anos, foram a base formada e também a qualidade da nossa equipe, todo ano ficava uma base muito forte.

 
Foto: CSA-Divulgação.
 

2- Na Série B de 2020, apesar de não começar muito bem, o CSA teve uma reação muito boa ao longo do campeonato, quase conseguindo o acesso à Série A. Na sua concepção, o que faltou para que o time subisse? E o que mais levou o time ao início turbulento?

R: Na Série B de 2020 eu acho que nós tivemos um começo muito ruim devido ao covid. Teve um surto e a gente acabou sendo atrapalhado, muitos jogos desfalcados e demora por ser humano se reabilitar depois desse vírus da infecção, então acho que fez com que a gente perdesse bastante pontos importantes. Mas nossa equipe é uma equipe de muita qualidade, um grupo fechado e a partir do momento que deu uma liga, que entrosou de novo, que todo mundo entrou no seu melhor nível físico, técnico e tático ali, a gente conseguiu ter essa reação e chegar na última rodada brigando pelo acesso. Infelizmente eu acho que nós oscilamos no momento errado da competição, acabamos perdendo uns pontos importantes, mas serve de aprendizado pro resto da carreira.

 

3- Olhando toda a sua trajetória, seus momentos de maior destaque foram no CSA, que inclusive, o time também teve seus momentos de maior destaque com você atuando nele. Com toda a história, momentos, o que o CSA significa para você, qual sua relação com o clube?

R: É, com certeza esses últimos cinco anos foram o melhor momento da minha carreira. Como eu disse foram títulos, acessos que marca a carreira do atleta, e o melhor momento do CSA também nos últimos anos aí. Então eu tenho certeza que eu contribuí bastante para que o clube tivesse esse sucesso nos últimos anos. Graças a Deus eu saí de lá com reconhecimento da torcida de todos, funcionários do clube, enfim, de todos. Meu ciclo se encerra mas eu fico feliz em ter marcado meu nome na história do clube e do país também, porque você conseguir três acessos consecutivos, saindo da D e chegando na A, apenas três jogadores conseguiram isso: eu, Leandro Souza e Didira. Então é muito importante pra carreira.

 

4- Relembrando sua carreira e seus feitos, existe algum jogo que fica em sua memória até hoje, que jamais vai esquecer? E um gol que mais te marcou?

R: Durante a minha carreira é difícil falar um jogo, um gol que marcou. Eu acho que o primeiro gol como profissional marca, porque é o primeiro gol, o primeiro ano que eu estava atuando como profissional, então é um dos momentos que foi marcado. A estreia na Série A, contra o Corinthians na Arena, com a camisa do CSA depois de toda a trajetória que a gente fez, você poder atuar na Série A com a camisa da agremiação foi importante. O jogo da Série B, o jogo do acesso contra o Juventude também foi muito importante. Então tiveram vários, o gol contra o Grêmio na Série A marca também, então são vários momentos que é difícil você escolher um. Então graças a Deus eu tive vários momentos assim, que ficaram marcados.

 
Foto: CSA-Divulgação.
 

5- Soubemos de algumas especulações sobre uma ida sua ao Paysandu, como anda as conversas? Há outras propostas que te agradam? Quais são as suas expectativas para esse ano?

R: Minha situação agora, por enquanto foram só especulações, não acertei nada ainda, estou aguardando propostas, analisando algumas coisas, mas ainda no momento não acertei nada. Realmente teve uma especulação sobre o Paysandu mas acabou que ninguém me ligou, e eu acabei que não fechei nada ainda. Mas estou aguardando, esperando aqui, espero que pelos próximos dias aí a gente pode estar acertando alguma coisa.