
Pablo Andrade Plaza da Silva, nascido no Rio de Janeiro, em 1996, concedeu entrevista ao MF. O lateral–esquerdo do Raja Majadahonda comentou sobre sua carreira, falou da oportunidade de ir para a Europa e comentou sobre a pandemia de Coronavírus
Mercado do Futebol: De início: Você passou por Botafogo e Flamengo, na base. Agora, como jogador profissional e fora do país, você pensa em voltar para o Brasil? Se sim, para qual clube você iria? Há preferência em relação às equipes do Rio?
Pablo Andrade: Sim, passei pelo Grêmio, Botafogo e Flamengo até chegar no profissional. E, sim, um dia eu penso em voltar para o Brasil, mas não agora. Eu quero aproveitar esse bom momento que eu estou vivendo aqui na Europa, aqui na Espanha, e não tenho preferência. Acho que o jogador tem que olhar mais o projeto que o clube oferecere e a oferta de carreira, que eu acho o mais importante.
MF: Qual foi o seu primeiro pensamento ao saber da chance de ir para a Europa? Como a sua família reagiu à notícia?
Pablo: Acho que todo jogador de futebol um dia sonha em jogar na Europa. Na época eu estava no Botafogo, mas não tive dúvida na hora de escolher em vir para a Europa, porque era uma oportunidade que eu não podia deixar passar, era uma oportunidade única. Estou muito feliz hoje aqui, já estou na Espanha tem 4 anos. A família, no começo, não entendeu muito, né, sabe como é que é, pai e mãe, eu era muito novo, mas eles sabiam que era uma oportunidade muito boa. Era a oportunidade para minha carreira que eu não podia deixar passar, então eles entenderam na melhor medida possível e hoje já estão bem, já aceitaram isso.
MF: Como foi o período de adaptação na Espanha? Quais são as principais diferenças percebidas por você, dentro e fora dos gramados?
Pablo: Então, o período de adaptação foi bem tranquilo, bem rápido, porque tinha três brasileiros no clube e um já tinha mais de uma temporada dentro desse mesmo clube, então foi bem tranquilo. O clube me acolheu da melhor forma possível. As diferenças fora de campo; praticamente nenhuma, porque estive numa cidade que não era tanto frio também assim. Em relação à comida, também é bem parecida no Brasil. Dentro de campo, a única diferença é que o futebol aqui é mais intenso, mais tático, e no Brasil é um pouco mais lento, você pode parar, pensar, e aqui você não tem tanto tempo assim para pensar. Eu acho que a única diferença entre o futebol na Espanha e no Brasil, porque são dois países que revelaram sempre jogadores de muita qualidade, é que aqui na Espanha é um pouco mais tático.
MF: Antes de se tornar jogador, quem mais te apoiou e te motivou a seguir o teu sonho? Quem é o seu maior ídolo? Seja dentro ou fora do futebol.
Pablo: No começo, a gente nunca espera que as coisas vão acontecer para você. A gente sonha em ser jogador de futebol, mas a gente nunca acha que as coisas vão acontecer para você. Meu pai e minha mãe sempre me apoiaram muito, tanto nas fases boas e nas fases ruins, sempre estiveram do meu lado. Foram as pessoas que me deram força na hora que precisei, então fora de campo com certeza o meu maior ídolo é a minha família. Dentro de campo sempre gostei muito do Roberto Carlos, é meu ídolo. Sempre vejo vídeos e tento acompanhar as reprises dos seus jogos, porque é um cara que eu admiro muito suas características de jogo.
MF: Em função do surto de COVID-19, os campeonatos ao redor do mundo estão parados. Quanto ao retorno dos jogos na Espanha, quais são as suas expectativas para a continuação da temporada? Como você e o elenco estão reagindo? Em casa, você está fazendo algum trabalho específico passado pela comissão técnica?
Pablo: Então, desde o surto do Coronavírus, a Liga, a Federação Espanhola sempre fala que quer retomar a competição, sendo que a liga foi suspensa e nós estamos na nas mãos do Ministério da Saúde. Se ele decidir que não poderá haver campeonato por risco para alguns jogadores, o campeonato será cancelado. Mas, no momento, a Federação está segurando, está deixando o tempo passar para ver se consegue retomar a competição e pode ser que ela se alargue até julho e agosto. Então, aqui o clube mandou os materiais para a gente; corda, elástico, bicicleta, e a gente tá treinando por vídeo-chamada com o preparador físico estamos tentando manter a forma aqui, da maneira que dá para quando a gente voltar a jogar, a treinar, estar melhor preparado possível.
MF: Para encerrar: quais são suas projeções futuras para sua vida intra e extracampo?
Pablo: No momento, a minha projeção futura é continuar na Europa. Nesses 4 anos, eu tive uma evolução muito grande. Tenho tempo ainda para estar aqui, para depois pensar em voltar para o Brasil e seguir carreira no meu país, perto de casa, da família. E, depois de me aposentar, já fora do campo, com certeza é algo relacionado a futebol. Não treinador, mas sim, como diretor de algum clube, algo relacionado a futebol, isso com certeza.
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