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MF Entrevista: João Gabriel

Depois de passar por clubes como Rio Branco-SP, São Bento e passar até pelo futebol mexicano, o zagueiro João Gabriel, atualmente no Al-Batin (Arábia Saudita), concordou em falar com o MF.

 

Foto: Al-Batin (Arábia Saudita).

 

O que te influenciou a seguir carreira no futebol? Como tudo começou?

 

JG: Tudo começou aos 5 anos, meu pai trabalhava em um empresa que tinha uma escolinha de futebol. Um dia ele me levou apenas para fazer uma atividade de final de semana, eu me apaixonei pelo futebol e decidi mais pra frente que queria fazer dessa paixão minha profissão!

 

A função de zagueiro, embora pareça que tenha uma simples missão de “parar o atacante”, é multifacetada: existem os mais “xerifões”, os técnicos, os rápidos, os raçudos. Hoje em dia muitos que inclusive são armadores de jogo, dando qualidade de passe desde o início da jogada. Como você vê a exigência cada vez maior por esse último estilo de zagueiro, acha que no futuro ser excelente defensivamente pouco vai adiantar se não for bom na fase ofensiva? Como você definiria seu estilo?

JG: O futebol hoje em dia está muito diferente, é comum um atacante ser exigido na marcação e um zagueiro ser exigido também no início da construção de uma jogada, muita coisa evoluiu. Eu acho que sim, hoje em dia já não basta ser excelente defensivamente é preciso ter qualidade ofensiva também. Acho o meu estilo de jogo mais técnico, eu me vejo bem enquadrado no estilo de jogo de um zagueiro firme defensivamente, mas que também pode contribuir na construção de uma jogada da equipe.

 

Com uma certa experiência em vários times, você acha que conseguiu se aperfeiçoar profissionalmente com as diferenças ensinadas em ambos clubes ou acha uma tática muito padrão para com os atletas da zaga?

JG: Eu acho que cada clube te proporciona um crescimento profissional. As diferenças de cada um e o estilo de jogo de cada treinador também faz com que você possa adquirir cada vez mais experiência e automaticamente aperfeiçoar essa parte profissional.

 

Como surgiu a proposta do Al-Batin? E o que te influenciou a aceitar?

JG: Houve o interesse do clube, e através de um agente fui contatado, até que conseguimos chegar em um acordo. O que me influenciou além da parte financeira que acho que hoje em dia é muito comentado, foi o nível do campeonato ter se elevado bastante, houve muitas contratações de jogadores renomados e eu vi isso como um oportunidade para minha valorização e crescimento profissional.

 

Foto: Al-Batin (Arábia Saudita).

Desde que chegou, como tem sido a adaptação no novo país?

JG: No início foi bem difícil, pela distância da família, por ser um país com cultura e costumes muito diferentes, um país fechado. Mas com o tempo você vai criando alternativas para se adaptar o mais rápido possível e hoje acaba sendo mais tranquilo a questão da adaptação.

 

O que tanto oferecem na Arábia que você possa agregar ao seu jogo como aprendizado?

JG: Como disse o nível do campeonato saudita hoje em dia cresceu muito, há jogadores de muitos países diferentes, cada um com estilo de jogo diferente, e isso faz com que você adquira experiência jogando contra e também a favor já que no Al-Batin por exemplo temos essa mistura de nacionalidades.