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Nildo Petrolina concede entrevista ao Mercado do Futebol

Jogador fala desde suas origens até o atual momento de sua carreira.

 

Das idas e vindas trabalhando no posto, diversão, futsal, convidado a jogar alguns campeonatos até a elite do campeonato português. Nildo, 32, fala com o MF e nos conta boa parte de sua trajetória e revelou até mesmo desejos como o de voltar a jogar no seu país de origem. Confira essa entrevista:

Foto: Kapta+

1– Como foi sua trajetória até poder se tornar jogador?


Nildo: Dos meus 17 aos 22, eu trabalhava como frentista e a noite eu me divertida, jogava alguns campeonatos de futsal em Petrolina mesmo. Por incrível que pareça, um certo dia eu estava abastecendo um carro, que era do presidente do Salgueiro, o Carcará e o meu patrão (que já conhecia ele), pediu para eu fazer um teste no Salgueiro. Eu fui lá, fiz um teste para atuar no estadual de lateral, e passei. Joguei por 6 meses e depois voltei a trabalhar no posto e passados mais 3 meses, o Petrolina, time da cidade onde eu morava, me convidou para jogar uma Série C, então eu fui, joguei mais uns 3, 4 meses de campeonato e voltei ao posto novamente, quando num certo dia, o presidente do Salgueiro me convidou de novo para jogar o estadual e, eu fui. Um pessoal de Portugal (Trofense) foi me olhar jogando, gostaram do meu futebol, me trouxeram para cá para jogar a segunda divisão de Portugal, aos 24 anos já. Fiz uma temporada na segunda divisão, cheguei como lateral-esquerdo, depois passei a ser ponta, extremo como se diz aqui em Portugal, fui o melhor marcador da equipe, brigamos para subir de divisão até a última rodada e eu terminei na seleção do campeonato.

 

2– Boa parte da sua carreira até aqui se passou jogando em Portugal, então, por quê Portugal?


N: Eu joguei pouco, não sou bem conhecido no Brasil. Aqui eu fiz uma temporada na primeira divisão, logo a seguir fui para a primeira, fiquei bastante conhecido e despertei o interesse de algumas equipes grandes, como o Sporting, o Braga, mas não se concretizou.

 

3– Tem planos de ainda voltar ao Brasil? Deseja em atuar em algum clube específico?


N: Tenho planos sim, antes de eu encerrar a minha carreira, jogar uma Série A, uma Série B do Brasileirão e não tenho time específico, só queria passar mesmo por uma experiência no campeonato do meu país. Estou agora com 32 anos, mas gostaria bastante de voltar a atuar no Brasil.

4– Como você se sente com relação à sua carreira até hoje?


N: Me sinto honrado, né, de ter começado no futebol um pouquinho tarde (aos 24 anos), conquistado o que eu já conquistei aqui em Portugal, sendo campeão da Taça da Liga, campeão da Taça de Portugal. Só por isso eu já me sinto vitorioso e abençoado por Deus.

Foto: Kapta+

5– Em campo, você passou a atuar na ponta, porém já atuou mais recuado. Jogar mais avançado é onde você se sente melhor mesmo?


N:
Eu iniciei minha carreira como lateral esquerdo, depois, aqui, me adaptaram à ponta e no ano seguinte passei a ser “número 8” que eles falam aqui, que é o meio-campo e foi onde eu fiz uma das melhores temporadas, na primeira divisão. Porém, onde eu me sinto bem é jogando de ponta, que aqui tem que criar muitas jogadas, tem que defender bastante também e eu consigo fazer isso com bastante frequência e êxito.

 

6– Quais seus próximos objetivos à curto e longo prazo?


N: No curto prazo o objetivo é fazer a manutenção do Aves o mais rápido possível, sabemos que aqui o campeonato português é muito difícil e à longo prazo é voltar a jogar no futebol brasileiro, onde eu tenho bastante desejo, onde minha família, minha esposa e meu filho que nasceu recentemente queremos voltar.

7– Qual o clube mais difícil de enfrentar na liga portuguesa?


N: Sem dúvida, é o Benfica, leva muitos torcedores e eles jogam muito! O Porto também, esse ano está bem encaixado, mas nos últimos anos, a equipe que eu enfrentei e tive bastante dificuldade, foi o Benfica.

 

8– E o povo português, como enxerga o futebol? Os torcedores são apaixonados como os do Brasil?


N: Eu acho eles aqui um pouquinho frios no futebol. O brasileiro tem aquele clima, aquela paixão de lotar os estádios. A equipe que eu jogo aqui, o Aves, quando fomos campeões da Taça de Portugal, eu acho que a vila todinha foi “em peso” para lá, na final, e não passou de 5 mil torcedores. Então, eu acho eles um pouco frios em relação ao futebol, à paixão, porque eles torcem para uma equipe grande e para uma menor em segundo plano e no Brasil você torce para um ou outro.

 

9– Deixe uma mensagem para os que acessam o mercadodofutebol.com?


N:Obrigado à equipe do Mercado do Futebol por ter me dado esse espaço para poder falar um pouco da minha carreira, e que toda galera possa acessa o site de muita confiança e credibilidade, valeu!

Rodrigo Silva

23 anos, São Paulino, cursando Jornalismo e um apaixonado por futebol

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