Seleção feminina dos EUA sela acordo por igualdade salarial
A Seleção Feminina norte-americana conquistou, nesta terça-feira (22), um dos objetivos mais visados no futebol feminino: a igualdade salarial. A Federação de Futebol dos Estados Unidos, juntamente de um grupo de jogadoras que processaram a entidade, chegaram em um acordo para que os valores recebidos pela seleção feminina sejam os mesmos da seleção masculina.
Em um documento sobre os termos do acordo, a U.S. Soccer diz que “se comprometeu a oferecer, a partir de agora, a mesma remuneração para as seleções nacionais feminina e masculina em todos os amistosos e torneios, incluindo a Copa do Mundo”.
Mas, para que isto fosse possível, vinte e oito jogadoras da seleção dos Estados Unidos, campeãs do mundo na França em 2019, tiveram que tomar uma iniciativa. Foi realizada uma ação coletiva contra a política discriminatória da U.S. Soccer.
Diante deste cenário, o acordo contempla cerca de 24 milhões de dólares, sendo 22 milhões distribuídos entre as atletas da seleção feminina. Desta forma, os termos de acordo se condicionam à ratificação de um convênio coletivo entre as atletas e a federação.
Dentro do acordo, as premiações foram um ponto fundamental da demanda apresentada pela seleção feminina em 2019. Megan Rapinoe, uma das grandes vozes do futebol feminino atual, acusou a Federação de “se recusar, de maneira obstinada”, a pagar suas jogadoras de forma justa.

“Obviamente, você não pode voltar e desfazer as injustiças que enfrentamos, mas a única justiça que vem disso é que sabemos que isso nunca mais poderá acontecer novamente”, afirmou em entrevista à ABC após o fechamento do acordo.