Especial

Seleção feminina dos EUA sela acordo por igualdade salarial

A Seleção Feminina norte-americana conquistou, nesta terça-feira (22), um dos objetivos mais visados no futebol feminino: a igualdade salarial. A Federação de Futebol dos Estados Unidos, juntamente de um grupo de jogadoras que processaram a entidade, chegaram em um acordo para que os valores recebidos pela seleção feminina sejam os mesmos da seleção masculina.

Em um documento sobre os termos do acordo, a U.S. Soccer diz que “se comprometeu a oferecer, a partir de agora, a mesma remuneração para as seleções nacionais feminina e masculina em todos os amistosos e torneios, incluindo a Copa do Mundo”.

Mas, para que isto fosse possível, vinte e oito jogadoras da seleção dos Estados Unidos, campeãs do mundo na França em 2019, tiveram que tomar uma iniciativa. Foi realizada uma ação coletiva contra a política discriminatória da U.S. Soccer.

Diante deste cenário, o acordo contempla cerca de 24 milhões de dólares, sendo 22 milhões distribuídos entre as atletas da seleção feminina. Desta forma, os termos de acordo se condicionam à ratificação de um convênio coletivo entre as atletas e a federação.

Dentro do acordo, as premiações foram um ponto fundamental da demanda apresentada pela seleção feminina em 2019. Megan Rapinoe, uma das grandes vozes do futebol feminino atual, acusou a Federação de “se recusar, de maneira obstinada”, a pagar suas jogadoras de forma justa.

Megan Rapinoe em discurso na Casa Branca, em março de 2021 – Foto: AFP

“Obviamente, você não pode voltar e desfazer as injustiças que enfrentamos, mas a única justiça que vem disso é que sabemos que isso nunca mais poderá acontecer novamente”, afirmou em entrevista à ABC após o fechamento do acordo.

Cindy Parlow Cone, ex-jogadora da seleção feminina norte-americana e presidente da U.S. Soccer, havia afirmado anteriormente que desejava “harmonizar” as premiações da Copa do Mundo para as seleções masculina e feminina e solucionar o embate entre atletas e instituição.

Alex Morgan, nome de referência na seleção dos Estados Unidos, destacou a importância do acordo. “Este é um passo monumental que nos faz sentir valorizadas, respeitadas e repara nosso relacionamento com a U.S. Soccer”.

“Não vejo isso apenas como uma vitória para nossa equipe e para o esporte feminino, mas para todas as mulheres em geral”, concluiu.

Mateus Moreira

Mineiro, apaixonado por futebol. Jornalista em formação pela UFMG.

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