Existem motivos para comemorar

Este não é um texto idealizado, sobre um clube perfeito e sem problemas, pois mesmo sendo sobre um centenário, o torcedor do Figueirense mais sabe que existe em seu clube hoje são problemas. Mesmo nesse cenário melancólico, de Série C a uma dívida de mais de 100 milhões de dívidas ainda existe muito o que comemorar.

Mas você pode me perguntar, em meio a tantos problemas, o que o torcedor pode comemorar? O verdadeiro torcedor sabe que há muito para comemorar, são 100 anos de história, diversos feitos alcançados nesse percurso, sejam títulos campanhas ou até mesmo feitos sociais. Ainda sim, acima de tudo se tem o prazer de ver seu time jogar, o orgulho de ser alvinegro e o amor por algo, o que é muito maior do que é possível se imaginar.

Dia 12 de junho no Brasil se comemora o dia dos namorados, mas para estes em questão, o amor que se comemora é muito maior, algo que todo apaixonado por futebol sabe. Todo amor o faz sorrir ou chorar, e assim é com os Alvinegros, aprenderam como é muito bom ganhar, realizar suas conquistas e ser vencedor, hoje está aprendendo a superar dificuldades e ser resiliente. E através de tantos ensinamentos, inclusive a tradição de formação de pessoas e profissionais já citadas, nossa equipe foi atrás de homens formados no Figueirense e os questionou sobre isso.

Agora, trago dois relatos de dois grandes personagens da história do Furacão do Estreito.

Hemerson Maria

“Sem dúvida nenhuma eu tenho uma gratidão enorme ao Figueirense, porque foi uma instituição que contribuiu muito na minha formação pessoal e de caráter, além de me ensinar valores como disciplina, perseverança e empenho buscando sempre meus objetivos enquanto atleta (dos 8 anos aos 20 anos). Após isso, foi um clube que me ajudou muito na formação profissional, enquanto treinador das categorias de base. Nesse momento, a equipe me auxiliou na capacitação, abrindo portas e fazendo com que me tornasse o profissional que sou. Com isso, sou muito grato ao Figueirense, aos funcionários, à diretoria, aos meus colegas de categorias de base, aos atletas que comandei e integrantes da comissão técnica. Não poderia ser diferente a minha posição quando treinador da equipe principal em 2019, vendo o clube ser deteriorado, simplesmente tive que tomar uma das decisões mais importantes da minha vida. Não gostaria de ter deixado o projeto, pois era um sonho meu e da minha família de comandar a equipe principal do Figueirense. Porém, nas condições momentâneas se tornou inviável a minha permanência. Acredito que pude contribuir para que o clube tomasse as suas origens. A mensagem que passo para o torcedor é que continue acreditando no Figueirense e nas pessoas que o comandam, pois são pessoas do bem e que querem o melhor para tal. É um clube com uma história fabulosa no cenário estadual e nacional, e não tenho dúvidas de que o Figueirense irá voltar a dar alegria ao torcedor.”

A mensagem que passo para o torcedor é que continue acreditando no Figueirense”

– Hemerson Maria
(Matheus Dias/Figueirense)

Dorival Júnior

“Foi um momento importante da minha carreira, na transição de auxiliar técnico e executivo de futebol. Tive a oportunidade de iniciar num clube já de Série A e acabou marcando minha trajetória. Foram dois anos e meio de trabalhos, determinação, intensidade e entrega muito grande. Fico muito feliz por ter essa oportunidade e a confiança da diretoria do Figueirense, comandada na ocasião pelo doutor Paulo Sérgio Gallotti Prisco Paraíso e toda sua equipe. Para mim, foi um momento único que deu um suporte e alavancou minha carreira profissional. Só tenho a agradecer por ter conquistado essa oportunidade de fazer parte de um pequeno capítulo dessa maravilhosa história. É um clube que está no meu coração e tenho um reconhecimento muito grande.”

(Alexandre Schneider/Getty Images)

Foto de capa: Figueirense FC