Caroline Matos, primeiro reforço do Flamengo/Marinha para a temporada, concedeu uma entrevista ao Mercado do Futebol. A volante, que nasceu em Torres-RS, chegou para a disputa do Campeonato Brasileiro e do Carioca, além de ficar disponível para integrar o elenco nos Jogos Mundiais Militares.
Ficha técnica
Carol Matos: A sensação é uma das melhores possíveis, né. É uma sensação de estar abraçada por uma nação, pela maior torcida do mundo. Com certeza, uma das torcidas mais fanáticas que existem. A sensação é das melhores possíveis, a torcida é um jogador a mais dentro de campo, sem dúvida, e faz muita diferença.
CM: Infelizmente a gente sofre ainda com o futebol feminino, né, e com valorização, mas eu acredito que com a Copa do mundo isso tende a melhorar. Infelizmente a gente sabe que patrocinadores, visibilidade, marketing e a imprensa costumam aparecer só em épocas de olimpíadas, Copas do Mundo, enfim, competições desses níveis. Mas eu acho que tende a melhorar, sim, um pouco da valorização, porém acredito que passando a Copa do Mundo isso acabe, infelizmente ainda é assim.
MF: Qual foi o melhor momento da sua carreira? Quais são seus objetivos no Flamengo?
CM: Um dos melhores momentos da minha carreira foi, sem dúvida, que eu estive na seleção em 2015 e que eu conquistei o título Sul-americano. Eu acho que o sonho de todo atleta é chegar na seleção, poder representar o seu país e eu não poderia deixar de fora esse momento. Não tem preço, você poder representar o seu país e, dentro dele ainda, em Santos. E os meus objetivos no Flamengo, é título, conquista e não tem essa história de não chegar ou chegar e ficar batendo na trave, não. Meus objetivos aqui são títulos, vitórias, conquistas e, com certeza, o Flamengo é time grande e esse ano a gente vai brigar pra chegar e ser campeão. Não tem outra possibilidade, outra alternativa, a não ser campeão. E, sim, claro, crescer como atleta, sem dúvida eu acho que crescimento é algo que o atleta não pode parar de buscar.
MF: Como você encara o preconceito com o futebol feminino?
CM: Eu acho que essa pergunta é muito feita, né, e talvez as respostas são as mesmas, né. Acho que toda mulher sofre preconceito no Brasil, acho que isso é uma coisa cultural já, infelizmente. E dentro do futebol isso não poderia ser diferente, né. Hoje em dia as coisas estão melhorando, um pouco devagar, bem devagar mesmo, mas as coisas estão melhorando e eu acho que a gente tem que encarar o preconceito como uma forma de incentivo, uma motivação. “Eu vou fazer melhor” e não provar pra ninguém, mas provar pra nós mesmas que nós somos capazes e que nós somos mulheres, que nós podemos fazer coisas como os homens também fazem como jogar futebol, nós jogamos bem tanto como eles. Então eu acho que a gente tem que encarar o preconceito da melhor forma. É uma coisa chata, é horrível, é triste, é, mas eu acho que a gente tem que encarar isso como uma motivação. Algo que nos incentive a buscar o espaço que o futebol feminino merece e o respeito.
CM: Inspiração, eu acho que tem alguns jogadores e algumas jogadoras que são referências como a Formiga, por exemplo, uma grande jogadora e eu acho que não tem nem o que falar dela. Mas o que mais me motiva, com certeza, é a minha família. Eu corro por eles e, sem dúvida, eu tô aqui por eles. O meu sonho é o sonho deles, entendeu, então a gente vive esse sonho juntos. Não é um sonho meu, é um sonho nosso. Então a minha maior motivação são eles, meu oxigênio são eles, é por eles que eu corro, pela minha família.
CM: Eu comecei a jogar novinha, né, acho que desde cedo, quando eu era criança, pequenininha. Na escola a gente já começa a jogar futebol, já começa a brincar, futebol ali, futebol aqui ao invés de pedir brinquedo a gente pedia bola. Era bola pra cá e bola pra lá, por ser um esporte tão apaixonante como o futebol, um esporte universal, com certeza é por isso que, quanto menina quanto menino, a gente começa muito cedo e surge essa paixão. Comecei a jogar com os meus 10, 11 anos porque eu gostava muito e sempre gostei muito, muito mesmo. Mas nunca passava na minha cabeça que eu poderia jogar profissionalmente, que eu poderia ter um contrato profissional e que iria disputar campeonatos importantes, isso nunca tinha passado na minha cabeça. Eu fui começar a dar conta do que estava acontecendo quando eu tive a minha primeira proposta e fui crescendo, fui treinando e tudo mais. Aí o sonho de chegar e de conquistar, almejar mais coisas profissionais foi crescendo. Mas quando eu comecei a jogar, jogava na rua e tudo mais, era mais uma paixão mesmo, sabe. A partir do momento que eu entrei para a escolinha, comecei a ver novos horizontes e comecei a acompanhar o futebol, comecei a enxergar mais as coisas, essa paixão e esse desejo de jogar profissionalmente foi crescendo dentro de mim.
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