Entrevista com o narrador Gustavo Villani – Se piscar, você perde!

Nesta terça feira (03), o Mercado do Futebol entrevistou um dos principais narradores da televisão brasileira, Gustavo Villani.

1)  Gostaria de começar perguntando quem ou o que levou você a ser narrador. Algum fato em especifico ou alguém te influenciou a isso?

– Eu sempre ouvia transmissões pelo rádio, quando garoto, e ficava grudado da televisão, no final de semana. Então, Osmar Santos, José Silvério, Galvão Bueno, Luciano do Valle, entre outros, sempre foram minhas referências.

2) Estamos vivendo um momento muito interessante devido a compra de direitos de transmissão. Nisso, alguns canais de TV compram com exclusividade tais direitos. O que você pensa sobre a exclusividade em uma competição?

– Sou a favor das transmissões exclusivas, mas, ao mesmo tempo, sou a favor dos campeonatos compartilhados. Os jogos exclusivos elevam a audiência naquele horário específico, e com campeonatos compartilhados o público se beneficia de mais transmissões ao vivo. E as emissoras dividem custos. Todos ganham.

3) Algum narrador te inspira?

– Os bons! Observo todos, com muita atenção.

4) Você leva muitas emoções ao público que te ouve, mas alguns o criticam por esse seu jeito de passar a emoção. O que você pensa disso?

– Não tenho nenhuma presunção de agradar a todos. Aliás, nem Jesus Cristo conseguiu. Mas eu me emociono mesmo, gosto muito do que faço, faço com amor e vontade. E me dedico bastante.

5)  O futebol brasileiro está passando por uma fase muito complicada. Qual a sua opinião sobre esse ano de 2015? O que falta para melhorar? O que já melhorou?

– Tivemos melhora em média de público, arbitragens com menos faltas e alguns bons jogos. Falta muito ainda, verdade.

6)  Com quais profissionais você gostaria de trabalhar?

– Não escolho meus colegas. Nunca escolhi.

7)  Segundo o presidente do Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia, o rádio esportivo vai acabar. Você acredita nisso em um futuro próximo?

– Não, porque sempre haverá pessoas em deslocamento. O rádio é elementar para elas, em especial.

8)  Você já cogitou a possibilidade de voltar a trabalhar em rádios, por ter seu jeito de passar emoção parecido com o que se tem no rádio?

– Não penso em voltar para o rádio porque estou bem na televisão. Mas seria um prazer, foi muito bom. É a melhor escola que eu poderia ter tido.

9)  Você tem vários bordões que estão na boca do povo. Qual sua inspiração para criá-los? Algo em especial?

– Eu sou avesso aos bordões pré-programados porque tendem a se desgastar, com o uso repetitivo. Às vezes, escapa, de improviso. Aí, é mais natural.

10)  Em meio a tantas narrações de tirar o chapéu, farei uma pergunta difícil.: cite o melhor jogo em que já narrou.

– Não consigo citar apenas um jogo! Mas tenho alguns, na memória, que guardo com carinho: final da série A2 do Paulista, XV de Piracicaba x Guarani; final da Sul-Americana, São Paulo x Tigre; final da Copa do Brasil, Palmeiras x Coritiba; todos os clássicos como Ponte Preta x Guarani, Man United x Liverpool, River x Boca… E a final da Copa do Mundo, no Maracanã, Alemanha x Argentina.

Aldo Luiz

Narrador esportivo. Amante de futebol, futebol americano, basquete e automobilismo, além de redator de cada um desses esportes. Não existe imparcialidade, mas existe sensatez e profissionalismo para opinar agarrado à fatos e argumentos plausíveis.

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