Brasil: um exportador de técnicos
O técnico Odair Hellmann do Fluminense vai para o Al-Wasl dos Emirados Árabes. A negociação pode parecer um procedimento normal entre um técnico brasileiro e um clube do exterior. No entanto reflete uma característica do Brasil: a de exportador de técnicos. Ao longo dos anos, o futebol brasileiro viu alguns dos seus treinadores se destacarem e logo irem embora.
Comecemos pelo técnico pentacampeão mundial. Luiz Felipe Scolari se destacou depois de levar o Criciúma ao título da Copa do Brasil de 1991. No mesmo ano, Felipão se transferiu para o Al-Ahli da Arábia Saudita. Da mesma forma Carlos Alberto Parreira foi outro treinador que logo chamou a atenção do futebol estrangeiro. O técnico, entretanto, começou como preparador físico em 1966 no São Cristóvão Futebol e Regatas. No ano seguinte foi convidado para treinar a seleção de Gana onde permaneceu até 1969. Outro profissional foi Nelsinho Baptista. Ele se consagrou após levar o Novorizontino ao vice campeonato paulista de 1990. No mesmo ano conquistou o Campeonato Brasileiro pelo Corinthians e terminou em segundo lugar no Paulista de 1993. Ainda em 1993, contudo, se transferiu para o Al-Hilal da Arábia Saudita.
Por fim, dois conhecidos da torcida corinthiana que mudaram de ares mais recentemente. Mano Menezes terminou o primeiro turno do Brasileirão 2015 pelo Cruzeiro na oitava posição. Porém com a melhor campanha ao lado do Corinthians. Após este feito, recebeu uma proposta milionária do Shandong Luneng da China. Já Fábio Carille despertou interesse internacional depois de conquistar o Brasileirão de 2017, e os campeonatos paulistas de 2017, 2018 e 2019. O treinador assinou com o Al-Wehda da Arábia Saudita.
Odair Hellmann é só mais um personagem dessa repetida história. De que o futebol brasileiro não tem forças para segurar suas grandes revelações de treinadores.
(Foto: Gettyimages)
