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Fluminense divulga nota criticando protesto do Vasco sobre não jogar no Maracanã

O Fluminense divulgou, na manhã desta quinta-feira (17), uma nota criticando o protesto do Vasco sobre não jogar no Maracanã. O Cruz-Maltino criticou, na última quarta (16), a decisão da Justiça de não permitir que o clube enfrente o Atlético-MG, domingo (20) às 11h, no estádio.

Na nota, publicada em suas redes sociais, o Tricolor das Laranjeiras repudiou a ação vascaína e a chamou de “despropositada e lesiva”. No comunicado, o Flu alega que não seria possível organizar, com segurança, o estádio para receber a partida do Vasco no domingo.

Vale lembrar que, na noite do dia anterior, o Fluminense mandará a partida contra o América-MG no mesmo Maracanã. Por isso, entre o fechamento dos portões do jogo do Tricolor e a abertura para o jogo do Vasco, haveria um espaço de tempo de menos de 12h.

Nesse mesmo viés é que o time do técnico Fernando Diniz repudia a decisão do Vasco de tentar, por meio da Justiça, fazer com que o jogo aconteça no Maracanã, mesmo que a organização do estádio tenha que realizar o trabalho durante a madrugada.

Na nota, o clube das Laranjeiras relembra sobre o motivo da Justiça interditar o estádio São Januário.

“A falta de segurança, aliás, foi o que motivou o Ministerio Público do Rio de Janeiro a requerer e o Poder Judiciário a determinar a interdição do Estádio de São Januário para a realização de partidas com a presença de público, risco que a administração do Maracanã não pode correr por mero capricho do Vasco”, diz a nota.

Entre outros motivos para justificar a decisão da Justiça de impedir a partida no Maracanã, o Flu alega ainda que os riscos para o gramado são iminentes. Veja, abaixo, a nota completa:

“Em resposta à Nota Oficial do Vasco da Gama SAF, o Fluminense FC repudia a ação despropositada e lesiva da agremiação cruzmaltina de tentar, pela via judicial, mandar um jogo no Maracanã, mesmo diante da inviabilidade de se organizar o estádio, com segurança e cuidados necessários, em um intervalo de menos de 12 horas, na madrugada, entre o fechamento e abertura dos portões das partidas das duas equipes.

A falta de segurança, aliás, foi o que motivou o Ministerio Público do Rio de Janeiro a requerer e o Poder Judiciário a determinar a interdição do Estádio de São Januário para a realização de partidas com a presença de público, risco que a administração do Maracanã não pode correr por mero capricho do Vasco.

Ao contrário do que o clube rival faz parecer, há outros estádios no Estado – e mesmo no Município – do Rio de Janeiro em melhores condições de sediar a partida de domingo, seja sob o aspecto técnico ou de segurança.

São evidentes, ainda, os impactos negativos que o uso intensivo do gramado traria a Fluminense e Flamengo, que disputam, neste momento, partidas importantíssimas em competições de mata-mata. Desprezar os prejuízos desportivos a serem suportados pelos dois clubes responsáveis pela gestão do Maracanã em benefício exclusivo dos interesses comerciais de uma única agremiação é, em tudo, uma atitude que não deveria ter lugar na relação entre entidades co-irmãs.

Fechar os olhos para os prejuízos causados aos outros clubes e ao gramado do Maracanã – que ultrapassam o aspecto financeiro, gerando o risco concreto de sanções desportivas graves – não é compatível com a ideia de uma postura verdadeiramente profissional e empática.