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Fluminense é valente, supera bloqueio uruguaio e larga na frente pela Sul-Americana

Pela jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana, o Fluminense bateu o Defensor (URU) por 2 a 0, no Maracanã. Digão e Sornoza foram responsáveis pelos tentos que garantiram o triunfo tricolor em jogo marcado por pontapés, provocações e bastante emoção.

O equatoriano e camisa 10 tricolor foi o destaque da partida. Tomou conta das jogadas no meio-campo e marcou um gol olímpico antológico.

A primeira etapa do cotejo ocorreu dentro do esperado visando os desenhos táticos implantados pelos dois treinadores. O Defensor de Eduardo Acevedo anunciou a escalação no 3-5-2, no entanto atuou ainda mais defensivo formando uma linha de cinco defensores, quatro meio-campistas e um atacante isolado à frente (o jogo de palavras provocado pelo nome do time uruguaio é bem divertido); o Fluminense de Marcelo Oliveira – que foi escalado no 4-3-3 – tomou iniciativa de todas as ações da primeira metade do confronto. Foi literalmente um jogo de ataque contra defesa com bastante estratégia. Um período consciente, que exemplifica o futebol moderno.

Somente os donos da casa ficavam com a bola (o que necessariamente não significa domínio). Os visitantes apenas marcavam de forma aplicada com suas linhas bem compactadas e eram inócuos no campo defensivo. O camisa 29 Waterman estava sacrificado.

O Flu ficava com a bola, trabalhava com paciência, contando com o apoio da torcida. A bola girava da esquerda para direita. Os meias tentavam trabalhar por dentro, mas o muro uruguaio não era fácil de ser derrubado. A melhor opção era a tentativa pelas pontas com Ayrton Lucas e Matheus Alessandro.

A primeira chance clara do clube carioca chegou aos 19 minutos. Léo recebeu na direita e jogou na área, Sornoza antecipou e tirou tinta da trave. O arqueiro Reyes só olhou a criança passar.

No lance seguinte, aos 20 minutos, a melhor chance do primeiro tempo. Ayrton Lucas fez belíssima jogada individual pela esquerda e serviu Sornoza. O equatoriano dominou com tranquilidade e soltou a bomba que explodiu no goleiro.

O Tricolor foi valente e seguiu com o controle do jogo, mas não conseguiu marcar. Faltava um pouco mais de criatividade para conseguir infiltrar na área do Defensor. Nada que caracterizasse um mau primeiro tempo.

As equipes retornaram ao campo igualmente como começaram. O futebol que não foi igual, pelo menos da parte dos uruguaios. Se no 1T eles estavam dispostos a só marcar (o que não é demérito), no 2T entraram para quizumbar. Em todas as oportunidades o time azul retardava o jogo. Muita cera e abandono do bom futebol.

O muro do time visitante seguia intacto. Marcelo Oliveira tentava buscar alternativas para conseguir marcar e pôs o atacante Everaldo no lugar de Léo. Jadson passou a atuar na lateral-direita. O Fluminense seguia atrás do gol. O tempo passava e era o maior inimigo. Os adversários começaram a provocar e alguns jogadores do Flu ficaram irritados.

Aos 22 minutos, o Tricolor teve uma bela chance com Pedro, que não costuma desperdiçar. Everaldo fez belo lançamento em profundidade para Marcos Jr. O atacante cruzou para o artilheiro tricolor tocar para fora.

Muita pressão carioca. Marcos Jr, Pedro e Sornoza quase estrearam o placar. O tempo ia passando e a impressão de que a bola não entraria aumentava.