Na atual temporada, o Fluminense já acertou as vendas de Kayky e Metinho para o Grupo City. Além disso, Mário Bittencourt admite a necessidade de vender mais um jogador para o clube fechar a conta.
— Sim, precisamos vender mais um jogador para fechar a conta do ano – falou.
Por outro lado, o mandatário nega que o clube esteja vendendo suas promessas muito rapidamente. Na visão de Mário, as dívidas tricolores estão sendo diminuídas em virtude justamente das negociações de atletas formados em casa.
– A gente já vem diminuindo drasticamente a dívida com as vendas e não vende rápido. A gente produz muito e não tem como você fazer um time só de meninos, acho que está mais do que comprovado que a mescla é fudamental. Talvez nós sejamos a gestão dos últimos 20 anos que mais jogadores de Xerém tem no elenco profissional. Quando o Fluminense tinha um patrocinador que investia em jogadores caros, mas já prontos, praticamente não se via nem venda, nem jogando no time principal. O único jogador daquele período foi o Wellington Nem. Ah! Antes teve o Carlos Alberto, Marcelo… Mas o Marcelo subiu e foi vendido quase imediatamente – disse.
Segundo o mandatário tricolor, o comando do futebol não estava na mão dele e o ambiente estava muito instável. Vale lembrar que o vice-geral do Fluminense, Celso Barros, era o responsável pela pasta de futebol.
– Eu não teria demitido o Fernando Diniz naquele momento. É duro dizer isso porque depois veio um treinador que deu mais resultado, que foi o Odair. Mas naquele momento eu não tiraria o Fernando. Acho que o time jogava bem, e a gente ia conseguir sair (da zona) com o Fernando. Mas o comando do futebol não estava na minha mão, faltava estabilidade, ambiente estava muito instável, eu acabei cedendo. Hoje eu faria diferente. Ou se ele tivesse saído eu teria efetivado o Marcão diretamente – disse o mandatário tricolor.
O presidente Mário Bittencourt revelou a existência de variáveis no contrato relacionadas aos resultados do time em campo.
– Existem algumas cláusulas para eventos específicos, classificações, de serem renegociados os valores em caso de performance do time melhorar. E há uma mesma cláusula, só que em caso de rebaixamento, em que a gente pode renegociar os valores para baixo. Mas entre as partes, não é uma cláusula de rescisão. É uma cláusula de ajuste para cima ou para baixo dependendo da performance do time. Casa de apostas, né?! Eles querem performance. Há essa possibilidade – disse.
– Muitos clubes têm patrocínio máster com valor menor do que a gente tem nas costas. Para dizer que tem. O que importa é quanto o uniforme dá ao clube. Ofereceram R$ 3 milhões pelo máster. A gente não aceitou, não quis fazer. A Doce Rio pagava R$ 1,8 milhão na barra (da camisa). A gente está pedindo R$ 4 milhões ou R$ 3,5 milhões no omoplata. E ficou sem futebol de fevereiro (março) de 2020 até julho. Ninguém ia colocar um patrocínio máster em um local onde não tem torcida. Eu não conto dois anos. Em 24 meses, a gente teve seis a oito meses que não tinham condições. O importante é quanto o clube fatura hoje com o seu uniforme. Hoje em dia, com o máster e os outros, o Fluminense fatura uma média de R$ 13 ou 14 milhões por ano – concluiu o presidente.
Em virtude do cenário de crise mundial agravado com a pandemia do novo coronavírus, Mário Bittencourt vê diversos clubes de todas as partes passando pelos mesmos tipos de problemas.
– Às vezes, por que atrasa o salário? Eu tenho que explicar isso para o jogador: se tem o dinheiro na conta, por que não paga? Porque alguém dentro desses R$ 700 milhões (de passivo), que não tem acordo, vem e “puff”, mata meu fluxo de caixa. (…) Ano passado, quando a gente vendeu o Evanilson e o Gilberto, um dia os jogadores pediram uma reunião: “Poxa, presidente, salário está atrasado, vimos em uma matéria no jornal que o Fluminense vai receber tanto”. Só que eles achavam que iríamos receber à vista. Aí expliquei para eles que as vendas eram parceladas em três anos. A gente só recebeu 50% da primeira parcela do Porto pelo Evanilson. Por causa da pandemia, o Porto também não está pagando a gente – disse, emendando:
– Aí vale a pena ir para a Fifa, pagar não sei quantos mil de francos suíços, ou tentar ser com o Porto o que eu quero que as pessoas sejam comigo? Então faço a mesma coisa. Foi o que aconteceu quando o Orejuela foi vendido para o Querétaro. Eles tinham que pagar U$ 1,5 milhão de dólares para a gente, botaram no papel, mas depois ligaram para a gente dizendo: “Olha, não vai dar, não, vamos ter que pagar em 10 parcelas”. E não estão nos pagando. Mas da mesma forma a gente faz o quê? Notifica, aí eles pagam uma… O mundo inteiro está na mesma situação.
Mário Bittencourt também aproveitou para agradecer aos torcedores que se mantiveram associados durante a pandemia e destacou que estes terão algumas garantias no momento de reabertura dos estádios.
“Então, primeiro quero agradecer o fato de ainda termos mais de 30 mil pessoas pagando mesmo sem estádio para ir, demonstra que nossa torcida continua ajudando o clube, mas lançar um novo plano agora, que prevê ida ao estádio… Vamos continuar segurando e esperando que minimamente volte o público nos estádios. E até porque a gente deu algumas garantias para os sócios que se mantiveram pagando, que possam ir ao estádio assim que reabrir, pelo fato de estarem pagando desde aquela época (início da pandemia)” – disse.
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