Catar, um intruso asiático numa competição sul-americana

A seleção sede da próxima Copa do Mundo (novembro de 2022) vem se preparando desde a base com especialistas de outros países, tanto que seu técnico é espanhol

Por questões geográficas, a CONMEBOL fica numa situação ruim na hora da Copa América (pois tem 10 seleções), por isso geralmente existem convidados na competição, um deles em 2019 é o Catar (além do Japão, ambas vão fazer a final da Taça Asiática). Apesar de nunca ter disputado uma Copa do Mundo, a seleção vem evoluindo no cenário da região.

Vamos analisar o elenco mediante o triunfo de 4 a 0 sobre os Emirados Árabes Unidos, o técnico Félix Sanchez possui 43 anos e tem sua carreira na seleção do país (desde o sub-20 em 2014). O goleiro é Abdulla Al-Sheeb, o lateral-direito Pedro Miguel (é português, naturalizado cabo-verdiano, sendo da base do Benfica).

O lateral-esquerdo Abdelkarim Hassan (nasceu no Sudão e tem passagem pelo Eupen, da Bélgica), Salem Al Hajri (também atuou no Eupen, mas é nascido no Catar). Para finalizar a defesa, o zagueiro Tarek Salman passou por Cultural Leonesa e Atlético Astorga CF, ambos da Espanha. Toda a defesa atua no Al-Sadd, do Catar, ou seja, sintonia não falta.

O volante Boualem Khoukhi é outro naturalizado, pois nasceu na Argélia e foi revelado pelo JSM Chéraga (também atua no Al-Sadd). O meia Al Haj Madibo muda o panorama atuando no Al-Duhail, do Catar, além de atuar no Auxerre (sub-17) e LASK Linz (Áustria), o volante Karim Boudiaf também atua no Al-Duhail, ele nasceu na França e atuou no Nancy B e Lorient B.

O principal atleta da seleção é do Al-Sadd, o camisa 10 Khalid Al Haidos nunca atuou por outra equipe e tem 23 gols em 78 jogos. No ataque Almoez Ali (outro nascido no Sudão e que tem passagem por LASK Linz e Cultural Leonesa, atualmente está no Al-Duhail). Finalizando, a promessa Akram Hassan que já atuou por Sporting Gijón e Villarreal também do Al-Sadd.

Foto de capa: EPA/Noushad Thekkayil.