Entrevista com o atacante Silvinho, ex-São Paulo e Chapecoense
Silvio José Cardoso Reis Junior nasceu na cidade de Guajará-Mirim-RO em 1º de julho de 1990. O atleta atuou nas equipes de São Paulo Futebol Clube, Red Bull Bragantino, Paraná e Chapecoense. Ele estava no Albirex Niigata, todavia agora está sem clube. Conhecido e reconhecido pela velocidade e qualidade na finalização
1- Você nasceu no estado de Rondônia, mas iniciou sua carreira no futebol paulista: Corinthians (base), Monte Azul, Red Bull Bragantino, Comercial. Como vês o atual momento do futebol rondoniense no cenário nacional? Por quais motivos foi buscar tão longe seu início no esporte? Quais as diferenças entre jogar na base de um grande clube e no profissional de times do interior? Como analisas o crescimento do Massa Bruta no cenário nacional?
R: Infelizmente, tive que buscar espaço fora do meu estado natal, pois a estrutura do futebol no norte, no geral, está muito longe do que encontramos nas outras regiões do País. Tirando Paysandu e Remo, que são clubes mais tradicionais, poucas equipes conseguem dar visibilidade ao atleta. Por isso, saí de Rondônia em busca do meu sonho. Sobre a diferença de estrutura, depende muito. Hoje, pelo que eu tenho de informações, o Red Bull Bragantino, por mais que seja um clube do interior paulista, não deve muito aos maiores times brasileiros. Tanto que a equipe faz uma das melhores campanhas do segundo turno na Série A. Eu vejo com muita satisfação o crescimento de mais um clube no país. Quanto mais times fortes tivermos no Brasil, melhor para o nível do campeonato.
2- Atuou na sequência por LASK Linz, Penapolense, São Paulo, Ponte Preta e Criciúma. Como foi atuar em uma divisão inferior na Europa e ser campeão dela? Retornaria ao futebol austríaco se tivesse oportunidade? No Tigre teve sua melhor sequência em termos de artilharia, por qual motivo conseguiu tamanho êxito? Como vês o atual momento do time catarinense? No tricolor paulista teve algumas oportunidades, qual a sensação de jogar em um dos principais clubes do país agora no profissional?
R: Jogar na Europa, mesmo que não seja num clube conhecido, é sempre maravilhoso. Voltaria sim. Sem dúvidas. Em relação ao Criciúma, foi um time em que fui muito feliz. Não tem um motivo especial por ter ido bem lá. A não ser que eu estava bem, tanto na parte física como na mental. O atual momento do time não está de acordo com a sua tradição. Vale lembrar que o clube já foi campeão da Copa do Brasil, por exemplo. Torço para que as coisas melhores, pois o Criciúma merece. Por fim, atuar no São Paulo foi algo fantástico na minha carreira. É um dos gigantes do país, do continente e do mundo.

3- Vestiu as camisas de Joinville, Chapecoense, Seongnam IC (Coreia do Sul), Paraná e Albirex Niigata (Japão). Atuou no Verdão do Oeste um pouco antes do acidente trágico em 2016, como foi ver de longe a situação de seus colegas? O Coelho e a Gralha estão em divisões inferiores, mesmo que recentemente estivessem na primeira divisão, já existiam problemas de estrutura na época em que atuou nos clubes? Como define sua experiência no futebol sul-coreano e japonês?