Entrevista com o cearense Almir Neto do Sisaket FC da Tailândia

Nos conte um pouco da sua carreira? 

Apesar de ser cearense, minha carreira profissional começou no Maranhão, atuando pelo Americano de Bacabal (MA), time do empresário Clóvis Dias, de lá fui jogar no Madureira do Rio de Janeiro, Depois cCmpinense (PB) onde conquistei meu primeiro título, mais  tive o privilégio de jogar um Campeonato Cearense, pela equipe do Icasa, minha primeira experiência fora do meu país foi na Coreia do Sul, pelo Gyeongnam em 2008, onde no começo do campeonato eu tive uma fissura na fíbula da perna direita, e fiquei 4 a 5 meses parado, depois voltei para o Brasil, meu amigo Iarley me levou para o Goiás (GO) onde fiquei me recuperando da minha lesão, e também conquistei o título Goiano por lá, depois voltei pra o futebol coreano, 2013 atuando pelo Goyang FC, 2014 pelo Ulsan HyundaiGangwon, 2015 Bucheon, em 2016 recebi uma proposta da Tailândia, joguei no Nakhon Pathom United, 2017 Krabi FC, e esse ano de 2018 na equipe do Sisaket FC.

 

Você é mais um cearense que fez a carreira longe da terrinha, você acha que os clubes locais valorizam os atletas da ”casa”? 

Verdade, sou mais um cearense que venceu jogando fora da sua cidade, tive que sair de Fortaleza para vencer no futebol maranhense, infelizmente o futebol cearense não valoriza os atletas locais, eles tinham que olhar os atletas da casa com mais respeito, infelizmente isso e raro.

Foto: Icasa-CE.

Clube em que jogou com melhor estrutura? 

Meu clube com melhor estrutura, o Goiás (GO) no Brasil, e fora do Brasil, Ulsan Hyundai da Coreia do Sul.

Como esta sendo a experiencia de atuar no futebol Tailandês? 

Minha experiência no futebol Tailândia é a melhor possível, graças a Deus me adaptei muito rápido aqui, futebol asiático nasceu para mim, meu estilo de jogo e aqui (Rápido e Força).

 

Um ídolo no futebol? 

Antes Gabriel Batistuta, hoje Lionel Messi.

 

Sua família te apoia na profissão? 

Meu tio me apoiava muito, ele que sempre me cobrava para ir aos treinos e ser um jogador profissional, mas por outro lado, minha avó quando soube que eu ia para o Maranhão, ela não queria que eu fosse, falava que essa vida de jogador não era bom, e mandava eu desistir para trabalhar e ficar perto dela, hoje ela entendeu o meu sacrifício.

Você jogou em times da Coreia e da Tailândia, como você avalia sua passagem pelas equipes? 

Graças a Deus todas as minhas passagens pela Coreia e Tailândia foram boas, tão boa que estou na Ásia há 6 anos, quando você faz um trabalho bom e honesto, as pessoas te valorizam demais, e graças a Deus esta tudo dando certo por aqui, não posso reclamar de nada do futebol asiático.

Foto: Ulsan Hyundai (Coréia do Sul).

Sua primeira experiência fora do Brasil foi na Coreia do sul, pelo Gyeongnam FC, como foi sua adaptação? O futebol Sul-Coreano não possuía muitos estrangeiros, como foi sua experiência atuando lá? 

Meu primeiro clube fora do pais foi o Gyeongnam FC da Coreia, minha adaptação no começo foi difícil por causa da alimentação, e os fusos horários, no começo eu não conseguia comer as comidas deles, para completar, não dormia o necessário que um atleta deveria dormir, como tinha muitos amigos e gente da família para conversar, então eu dormia muito tarde, quase 4/5 da manhã, isso me prejudicou um pouco nos treinos, porém depois conheci um cearense no mesmo time, Índio, ele foi me ajudando, e fui me adaptando. Índio me ajudou muito no começo lá.

Foto: Gyeongnam FC (Coréia do Sul).

Hoje veste a camisa do Sisaket FC,da Tailândia a equipe disputa a Thai League 1, o que se pode esperar para a próxima temporada? Qual você acredita ser o seu diferencial para contribuir com o time? 

Hoje no Sisaket FC, estamos fazendo um ótimo trabalho, claro que pudemos melhorar um pouco, como conheço já a Tailândia, tenho certeza que o nosso presidente vai contratações para melhorar ainda mais a equipe, sobre meu diferencial, treinador e presidente gosta muito de mim, pelo fato de puder ajudar o time no ataque, puxando os contra-ataques, com dribles rápidos, e sem a bola eu também ajudo muito a minha equipe a marcar, resumindo, eu passo os 90 minutos, com bola atacando, e sem a bola defendendo, aqui na Tailândia, se você conseguir fazer isso, joga com todos os treinadores, eles gostam de jogadores assim, eu com meus 32 anos graças a Deus tenho fôlego para fazer isso jogando os 90 min.

 

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