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Keisuke Honda, o imperador japonês da bola

O meia de 32 anos chegou nessa semana ao seu sexto clube na carreira, sendo todos de países diferentes e agora atuando no quarto continente (a Oceania falando geograficamente)

 

本田圭佑 ou simplesmente Keisuke Honda tem sua base em três clubes do seu país (Settsu FC, Gamba Osaka e Seiryö High School), porém seu primeiro contrato profissional foi no Nagoya Grampus (o atleta fez 105 jogos e 13 gols), apesar do número baixo de tentos, chamou a atenção da Holanda. Como sabemos ainda é difícil um atleta asiático receber oportunidade em equipes de bom nível na Europa, mas Sef Vergoossen, na época treinador do VVV-Venlo foi um dos formadores de Keisuke em Osaka e confiou em seu potencial, ele não estava errado.

Em 2009, o clube holandês subiu a primeira divisão, sendo Honda um dos principais atletas na competição, o apelido ‘Keizer Keisuke’ (Keisuke em japonês é imperador) muito conhecido entre seus torcedores (foram 74 partidas e 26 tentos). Nessa época o atleta foi chamado para a seleção nacional para não sair até os dias atuais (o jogador desistiu da ideia de se aposentar da seleção nos últimos dias), a Copa da Ásia em 2011 foi seu momento de consagração sendo o melhor jogador da competição (no total são 37 gols em 97 embates). O seu futebol chamou a atenção de Ajax e Liverpool, mas seu novo destino foi o CSKA Moscou.

Foto: Seleção do Japão.

No time russo chegou ao auge, sendo elogiado por José Mourinho e Ruud Gullit (ex-jogador holandês), até ter sonhado em ser camisa 10 do Real Madrid (todavia isso não deverá acontecer). Em 3 anos, foram 126 duelos e 28 tentos, certamente existiu o apoio da torcida do CSKA junto ao atleta, principalmente pela conquista do Campeonato Nacional e a Copa da Rússia, mas o seu destino estava traçado rumo a Itália. No Milan, viveu o ostracismo muito pela falta de qualidade que via nos seus próprios companheiros, a desorganização do clube também ajudou no desempenho abaixo do atleta (92 jogos e 11 gols), não deixou saudades entre os rossoneros (rubro-negros em italiano).

Na última temporada surpreendeu indo para o Pachuca, do México (apesar do poderio financeiros das equipes do país) esperavam que ele continuaria no futebol europeu. Ele não decepcionou em 36 partidas fez 13 gols, o meia-atacante mostrou na Copa do Mundo desse ano muita qualidade na equipe organizada do Japão e muitos especulavam em uma vinda para o Brasil, no entanto ele seguirá para o Melbourne Victory, da Austrália onde segundo o presidente da federação é um jogador de “experiência, calibre e potencial comercial”, a maior contratação da temporada que em algumas oportunidades atrai atletas de renome (casos de Juninho Paulista e Del Piero).

Foto de capa: Melbourne Victory.