2- Conte um pouco sobre sua trajetória como jogador. Qual ponto alto e baixo de sua carreira? Alguma história marcante?
R: Comecei nas categorias de base do Santos FC, como profissional atuei em algumas equipes do futebol do interior de SP, no Santos FC, Coritiba e SER Caxias tive minha primeira experiência internacional na Arábia Saudita, depois atuei na Grécia e na China. Em 2005 voltei para o Brasil e terminei minha carreira na qual me proporcionou grandes momentos e tenho muito orgulho. Eu gostei de jogar na Grécia acho que foi o melhor momento da minha carreira e ter sido atleta e capitão do Santos FC por vários jogos foi marcante na minha vida profissional.
3- Você trabalhou com muitos treinadores ao longo de sua carreira. Quais você mais admira e se espelha? Como definiria seu estilo de jogo?
R: Uma experiência única ter trabalhado com cinco grandes profissionais importante para a minha formação como treinador, admiro todos, entendo que no futebol brasileiro as coisas funcionam melhor quando temos um bom relacionamento com o grupo e nos adaptamos a características dos jogadores na qual você irá trabalhar ai começa o nosso trabalho de campo e montagem do melhor sistema, gosto muito que minhas equipes sejam equilibradas se defendam bem e sejam ofensivas, na complexidade do assunto o mais simples possível.
4- É um fato que o mercado para técnicos brasileiros é fechado, sendo poucas as oportunidades de trabalho no exterior, enquanto diversos latinos brilham no estrangeiro. Como você vê essa importante questão? No geral, os treinadores brasileiros são atrasados em relação aos argentinos, por exemplo? Como foi sua adaptação na China, um país bem diferente em relação a cultura e língua?
R: A classe de técnico de futebol sempre foi muito mal representada no Brasil assim como os atletas, realmente poderíamos ter mais técnicos brasileiros trabalhando no exterior, mas nunca foi exigido nenhum curso (qualificação) no Brasil e isso deixou a classe um pouco para trás em relação ao mundo, agora com a CBF ministrando cursos da licença C, B, A e Pro espero que esse quadro mude. Os europeus não permitem ainda que nós, brasileiros possamos trabalhar no seu continente, mesmo com a nossa licença Pro (na qual eu fiz as licenças B, A e PRO e posso te garantir que não devi nada para os cursos de formação da UEFA). A CBF junto com a CONMEBOL estão tentando validar nossas licenças com a UEFA na qual abriria um mercado gigante para nós brasileiros podermos trabalhar em qualquer país europeu, mas ainda assim temos bastantes técnicos trabalhando no exterior. Eu aqui na China, Fabio Carille (Arábia Saudita), Andre Gaspar (Coreia do Sul), Paulo Comelli (EAU), Osvaldo de Oliveira e Levir Culpi (Japão), Paulo Autuori acho que tem licença da UEFA (Bulgária), Alberto Valentim (Egito), Rene Weber (Indonésia) e outros. Veja os nomes dos profissionais que estão trabalhando no exterior e já estamos vendo uma renovação natural. Esse é meu 4° ano que venho para China. No meu 1° ano em 2003 (como atleta) foi difícil para mim e minha família a adaptação, hoje já estamos bem adaptado a tudo (comida, cultura e costumes), em relação a comunicação eu falo inglês.