Das quadras para o campo: conheça Julia Correia, nova atacante e promessa do Athlético-PR
Natural de Curitiba, Julia Correia dos Anjos, ou só Julia Correia, assinou recentemente com o time feminino do Athlético Paranaense. Com apenas 17 anos de idade, a jogadora afirma que não teve um início fácil e que era mais acostumada a jogar em quadras.
“Eu comecei jogando futebol aos 9 anos de idade, em uma quadra de um ginásio público perto da minha casa. Não tinha time nem nada, juntávamos uma galera pra jogar e muitas vezes eu jogava com os meninos, porque é raro ter meninas pra jogar, né? Até que em outubro de 2016 conseguimos montar um time feminino pra disputar torneios e campeonatos da região. Era muito difícil porque a maioria das meninas não tinham muitas condições e tudo saía do nosso bolso. Naquela época eu tinha 13 anos e meu pai me ajudava. Ele sempre foi meu companheiro e continua sendo até hoje”, disse Julia.
“Depois desse time, já em agosto de 2018, eu fiz uma peneira pra jogar campo no Centro Olímpico, acabei passando na primeira fase mas na segunda eu já não consegui. Apesar disso, foi uma experiência e tanto.”
Atuação no Fut7
“Após isso, eu acabei entrando pro Fut7, e comecei no time do J. Vick. Ali eu era bem conhecida por ser destaque do time. Até que posteriormente tive a oportunidade pra jogar no time do Anjo Dourado, Fut7 também. Fiquei jogando por um ano, também tendo destaque, e um belo dia eu estava jogando com uns meninos no colégio, meu professor de educação física viu e me perguntou se eu treinava em algum lugar. E eu falei que não, que mesmo jogando pro Anjo Dourado, só íamos disputar os torneios e campeonatos e não tínhamos treino. Então ele me disse que uma grande amiga dele havia um time feminino de salão e que seria uma boa eu jogar lá. Abracei a ideia, entrei pro time e atuei bastante nele. Viajamos bastante e meu último jogo por lá foi na Taça Brasil, onde ficamos em segundo lugar.”
O início de uma carreira no campo, o preconceito por jogar futebol sendo mulher e suas inspirações
“Após ter sido destaque em uma competição que disputamos, a Bom de Bola, a minha técnica me indicou pra fazer uma peneira no Athlético-PR, e esse ano estou começando a minha carreira no clube”, afirmou a atleta.
Sabemos as dificuldades que o futebol feminino enfrenta no país e também o preconceito que as jogadoras dessa modalidade encaram, por isso questionamos Julia a respeito.