Domínio continental, demissão de técnico por denúncia de assédio e equiparação de salários, conheça a seleção feminina da Nova Zelândia

As Football Ferns representam no mínimo 30 mil jogadoras (valor alto para um país de 5 milhões de habitantes). Além disso, a equipe está entre as 20 melhores do mundo

Hexa-campeã da Oceania:

Em 1983, o primeiro torneio foi conquistado contra a Austrália (sua algoz por muito tempo) pelo placar de 3 a 2. Após isso em 1991 o bi-campeonato foi conquistado por pontos corridos, as outras equipes foram Austrália e Papua Nova Guiné. Nas últimas quatro competições, a seleção foi campeão sendo três sobre a Papua Nova Guiné (em 2010 foi 11 a 0 na final).

No ano passado, a Nova Zelândia superou as Ilhas Fiji pelo placar de 8 a 0 na final, além de vencer a Nova Caledônia (8 a 0), Ilhas Cook (6 a 0) e Tonga (11 a 0). Os outros campeões foram a Austrália (três conquistas) e o Taipei (duas conquistas na época que estava filiada a OFC, depois retornou a confederação asiática).

Demissão de técnico:

Em julho do ano passado, o austríaco Andreas Heraf pediu demissão do cargo de treinador da seleção neo-zelandesa. No mês anterior, ele tinha sido suspenso por reclamação via carta oficial de 12 mulheres que o acusavam de assédio moral e pelo medo imposto a elas. O clima no vestiário havia piorado após reclamações do treinador na derrota para o Japão por 3 a 1.

O treinador disse que estava sendo colocado numa teoria da conspiração, todavia a palavra das jogadoras e funcionárias tiveram a força devida. Nos últimos dias, o escocês Tom Sermanni foi escolhido como novo técnico (ele esteve em onze temporadas com a seleção feminina da Austrália e anteriormente estava no Orlando Pride, dos Estados Unidos).

Equiparação de salários:

No mês de maio (ano passado), a Federação neo-zelandesa seguiu os passos da Noruega e decidiu por igualarem os salários entre homens e mulheres, foram incluídos os direitos de premiação e imagens, além disso as atletas passaram a viajar de primeira classe (algo somente na época para os jogadores). Isso tudo devido a união das atletas que reivindicaram.

“É importante reconhecer sua contribuição e firmar um acordo revisado. É um momento emocionante para o futebol neste país”- afirmou o diretor-geral da federação, Andy Martins. O décimo nono lugar no Ranking da FIFA (passando a Escócia) com 1819 pontos a coloca em ponto estratégico para quem sabe passar de fase na Copa do Mundo.

Elenco:

Das 23 jogadoras, uma atua na Suécia, quatro nos Estados Unidos (dentre elas a defensora Abby Erceg), 7 na Nova Zelândia (mostrando a força do campeonato nacional), uma na Noruega, Islândia, Alemanha e França, três na Inglaterra (a atacante Ali Riley, do Chelsea) e uma na Austrália, além de três sem clube no momento.

Foto de capa: Nova Zelândia.