“Joga que nem uma menina”. Na roda de amigos, essa frase pode ser uma ofensa, mas está longe de significar isso na realidade do esporte. As mulheres estão conquistando o seu espaço e provando que jogar como uma menina significa jogar com raça, entrega e, claro, muito talento.
As questões políticas e sociais influenciam diretamente na realidade do futebol. É importante ressaltar que os esportes não estão desassociados do que acontece na sociedade. Desse modo, o machismo instalado e normatizado prejudica o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil.
As piadas e os comentários que depreciam a modalidade corroboram para a sua desvalorização. A falta de investimento, estrutura, visibilidade está intimidante relacionada à cultura machista. Dessa forma, é necessário combater a ideia de que futebol é um esporte masculino e de que as mulheres atuam em uma modalidade soft. A valorização está ligada principalmente a mudança de mentalidade. Já passou da hora de pararmos de reproduzir discursos machistas.
Se compararmos os times masculinos e femininos dos clubes brasileiros, poderíamos dizer que jogar como uma menina é o que tem de melhor no esporte. No Brasileirão Feminino Série A1, estão classificados para fase final: Santos, Corinthians, Internacional, Grêmio, São Paulo. Já no masculino, esses times não estão no seu melhor momento, com muitas dificuldades de afirmarem o seu futebol.
O país do futebol deve ser de todos e as mulheres estão provando que o futebol também é delas. Em um futuro próximo, espero que todos tenhamos orgulho de dizer que jogamos como uma menina.
Foto de capa: Divulgação Corinthians Futebol Feminino
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