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Futebol feminino brasileiro: dificuldades que a modalidade enfrenta no país.

A pandemia do novo coronavírus deixou em evidência o que já sabíamos no Brasil em relação ao futebol feminino: a falta de apoio, interesse e, principalmente, de planejamento na modalidade.

Em tempos de crise e aperto, a modalidade é sempre deixada de lado e acaba não virando prioridade. Amir Somoggi, especialista em marketing esportivo, afirma que o futebol feminino é como se fosse uma startup. Tem público consumidor e muito potencial, porém não tem a chamada operação de negócio. E é exatamente aqui que entra o problema: se não tem operação de negócio, não há visão de mudanças.

Por aqui, assim que se tem indício de dificuldade, a Conmebol bloqueia a obrigatoriedade do licenciamento de times femininos, então os clubes brasileiros demitem suas jogadoras, reduzem seus salários ou muitas vezes deixam de pagar por completo. Times como Grêmio, Corinthians e Atlético-MG reduziram o salário das jogadoras em 25% e a base do time mineiro foi totalmente extinta.

Recentemente também, a CBF anunciou a retirada da candidatura do Brasil a sede da Copa do Mundo Feminina, que vai acontecer em 2023. Foi comunicado pela Confederação que “não foram apresentadas as garantias do Governo Federal” para a realização da competição. E essa desistência foi apenas mais um episódio da série de dificuldades que o futebol feminino brasileiro enfrenta diariamente.

Quem sofre, no final, é a roda da modalidade feminina. Será que se as equipes cobrassem uma firmeza por parte da própria CBF e da Conmebol não teriam mais segurança em manterem seus times? Porém, o papel não cabe somente aos órgãos responsáveis pela organização de competições, cabe também aos times aderirem a onda de forma responsável. São inúmeros os relatos de jogadoras que passam por times grandes, que dão apenas ajudas de custos, e não pagam o devido salário.

Portanto, não basta sentar, olhar para o céu e esperar que apareça outra Marta. É importante procurar nas escolas, formar, organizar de fato essa estrada. Que se inicie com um departamento de futebol feminino devidamente organizado e, acima de tudo, planejado para que se colha bons frutos a longo prazo.

Foto de capa: PHILIPPE HUGUEN/AFP.

Giovanna Brito

18 anos, aspirante a jornalista esportiva, apaixonada por futebol e pelo Flamengo.

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