Técnica da seleção, Pia Sundhage pede mais estrutura no futebol feminino
O Brasil está em preparação para a Copa do Mundo de 2023, que começa no dia 20 de julho. Com bons resultados em dois amistosos, contra Inglaterra e Alemanha, a equipe comandada por Pia Sundhage mostra que mesmo com pouco estrutura é possível ter força em campo. Em coletiva divulgada recentemente, a sueca falou sobre isso e pediu mais atenção com o futebol feminino no Brasil. A modalidade está em alta nos últimos anos, com públicos cada vez maiores. No entanto, o país ainda peca com poucas equipes de nível profissional.
Um bom exemplo disso é o fato do Corinthians ser a única equipe brasileira que permite as jogadoras utilizarem o Centro de Treinamento que antes era destinado apenas aos homens. Algo básico, mas que ainda não é feito por outros clubes. Um dos motivos é a falta de estrutura, que acaba sendo mais pensada para o futebol masculino. Porém, isso deve mudar no futuro, pois as mulheres estão ganhando espaço rapidamente nos gramados e também nas arquibancadas.
Durante a preparação para o Mundial na Austrália e na Nova Zelândia, a seleção brasileira enfrentou a Inglaterra, em disputa pela taça amistosa Finalíssima. O jogo único foi no Wembley, em Londres, e reuniu mais de 87 mil torcedores. Como mostra a reportagem feita pela equipe da Betway, site de esporte bets, a disputa entrou para a história como o quinto maior público de futebol feminino. O recorde ainda é no clássico entre Barcelona e Real Madrid, disputado no Campo Nou em 2022, que recebeu quase 92 mil torcedores nas arquibancadas da Espanha.
Em coletiva especial, a treinadora do Brasil, Pia Sundhage, falou sobre o momento do futebol feminino, e pediu mais atenção na estrutura por aqui. Ela garantiu que ainda é preciso evoluir muito, sobretudo quando o assunto são as categorias de base. Pia reclama que muitas jovens não conseguem oportunidades, pois existem poucas chances de desenvolvimento para as atletas. É preciso ter uma evolução para entrar na elite do futebol mundial.
Opinião sincera
A coletiva da treinadora sueca é uma excelente maneira para descobrir quais áreas ainda estão defasadas no futebol feminino. “Nesse momento, não temos seleção sub-15. Nem sub-16. Talvez tenhamos a sub-17. E, nesse momento, o sub-20 não está jogando. Então imaginem, meninas que vão assistir ao jogo e querem representar o Brasil. Se você tem 15 anos, pode fazer isso na Inglaterra, na Suécia. Mas não pode fazer isso no Brasil”, afirmou a experiente comandante.
Essa é uma falha que impede o futebol brasileiro de evoluir, e não gera mais jogadoras que possam movimentar o mercado da bola. As que surgem para jogar na seleção brasileira enfrentam várias dificuldades, e apenas clubes com estruturas conseguem ajuda. É o caso do Corinthians, um dos mais atenciosos com a modalidade. Porém, como mostra o blog Betway Insider, é preciso de muito mais para conseguir equiparar o nível dos Estados Unidos, da Suécia e de outros países referências no futebol feminino.