Dando prosseguimento na série de matérias sobre os clubes da Libertadores 2020, desta vez, contamos um pouco sobre o Club Atlético River Plate, da Argentina. Nesta sequência trataremos de contar um pouco sobre a história e o momento de todos os clubes não-brasileiros presentes na maior competição do continente.
No dia 25 de maio de 1901, nascia no bairro de La Boca, o Club Atlético River Plate. O Millionario surgiu a partir da fusão entre dois clubes do bairro: Santa Rosa e La Rosales – clubes que mantinham uma rivalidade amigável. Depois de muitas ideias e debates, decidiram pelo nome como é conhecido até hoje: River Plate. Nesse mesmo dia, foi firmada a ata de fundação. Além disso, Leopoldo Bard foi eleito o primeiro presidente e primeiro capitão da equipe.
O River Plate coleciona história e é histórico. São nada mais nada menos do que sete finais de Copa Libertadores. O clube de Núñez é, em pontuação pelo histórico geral, o clube com mais pontos no campeonato argentino. Ademais, o River possui incríveis 36 títulos de ligas nacionais, além de 12 Copas da Argentina e é, sem dúvida alguma, um dos maiores clubes da Argentina.
O Millionario manda suas partidas no Estádio Antonio Vespucio Liberti, popularmente reconhecido como Monumental de Núñez. O estádio começou a ser construído no dia 27 de setembro de 1936 e foi oficialmente inaugurado no dia 26 de maio de 1938, ou seja, a obra durou pouco mais de dois anos – tempo recorde para a construção de um estádio com as técnicas que haviam na época.
A partida inaugural do Monumental foi disputada contra o Peñarol, do Uruguai. O clube argentino, dono do maior estádio da Argentina, venceu a partida por 3-1. Carlos Peucelle foi o autor do primeiro gol da então nova casa do River Plate, que perdura até os dias de hoje, mesmo tendo passado por algumas reformas ao longo dos anos.
A equipe de Núñez fará sua 36ª participação em Copa Libertadores. Desta vez, o clube argentino encontra-se no grupo D, junto com: LDU (Equador), Binacional (Peru) e São Paulo (Brasil). No ano passado, o River alcançou a sua sétima final de Libertadores, no entanto, perdeu o título nos minutos finais da partida para o Flamengo.
Apesar das sete finais da competição, o River demorou a levantar seu primeiro título. Nas duas primeiras participações em finais (1966 e 1976), o River ficou com o segundo lugar. Seguindo a sequência do número 6, o Millionario conquistou a competição nas décadas seguintes (1986 e 1996), ambas as conquistas com elencos históricos da equipe. Depois disso, a equipe voltou a vencer o torneio em 2015, contra o Tigres.
Não se pode deixar de citar a última conquista do River Plate de maneira diferente. Apelidada de A final do fim do mundo, o clube de Núñez enfrentou o seu maior rival, o Boca Juniors, na final de 2018. A rivalidade se estendeu além dos limites e a finalíssima foi parar em Madrid. No entanto, não havia nada para tirar o título da equipe comandada pelo ‘campeoníssimo’ Marcelo Gallardo. Mais uma vez, o River se tornaria dono da América, assim, totalizando seu quarto título de Copa Libertadores.
O maior artilheiro de Libertadores em uma única edição foi jogador do River Plate. Trata-se de Daniel Onega, atacante argentino que marcou 17 gols em 20 partidas disputadas na Copa Libertadores de 1966. Atualmente, pelos moldes da competição, é muito difícil que algum jogador consiga superar a marca do ex-jogador Millionario. Entretanto, no ano seguinte, Norberto Raffo, do Racing, marcou 14 gols, mesmo assim ainda ficou atrás do histórico atacante.
Mesmo com os 17 gols marcados por Onega, o River Plate não conseguiu sair campeão do torneio daquele ano, quando perdeu para o Peñarol por 2-0 na final. Hoje, El Fantasma (apelido de Onega) possui 74 anos e não está inserido no meio futebolístico – mas ficará para sempre na história da maior competição continental.
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