O meia uruguaio chegou no Paraguai, teve de ir à delegacia, voltou para a concentração e fez um golaço para classificar o River Plate, que segue vivo rumo ao bicampeonato seguido
Às vezes, tem acontecimentos no Futebol Sul-Americano são difíceis de acreditar. Nicolás De La Cruz, com toda a certeza, foi o nome do embate entre River Plate e Cerro Porteño. No jogo de ida, participou dos dois gols na vitória dos Millonarios. E na volta, fechou o caixão do Ciclón. Mas antes disso, foi preso e correu o risco de não jogar.
A história de Nicolás começa em uma noite de final de Libertadores sub-20 em 2016. Na época, ele defendia as cores do Liverpool-URU. No dia da final, o jogador supostamente agrediu um policial após ser expulso por uma falta num atleta do São Paulo, rival daquela final. A ponto de curiosidade, o time brasileiro foi campeão da Libertadores.
Assim, De La Cruz teve um processo aberto contra ele no Paraguai. No entanto, ele estava no Uruguai e foi vendido ao River Plate no ano de 2017. Então, desde o suposto ocorrido, Nicolás não havia retornado ao solo guarani para prestar os esclarecimentos.
O tempo se passou. Em 2018, o River Plate fez uma grande temporada, em especial no segundo semestre, e levantou a Libertadores da América pela quarta vez. Isso na interminável “final del mundo” contra o Boca Juniors. Depois de empate na ida, tivemos os problemas envolvendo a torcida millionaria e o ônibus do Boca e a final de um torneio Sul-Americano em Madrid.
A delegação do River Plate chegou ao Paraguai na quarta-feira, 28. Todos entraram tranquilamente no país e foram para o hotel. Na concentração, a polícia guarani adentrou e deu voz de prisão ao uruguaio, cumprindo uma ordem de prisão emitida por Alcides Corbeta. De acordo com a entrevista dada pelo juiz à emissora TyC, o jogador seria ouvido e depois seria decidido o proceder.
“Ele tem que testemunhar perante o Ministério Público primeiro. Ele tem que dar uma declaração e, em seguida, o Ministério Público torna disponível ao meu tribunal para que eu possa decidir o que corresponde. O fato que é atribuído a ele é a resistência que tem uma penalidade de dois anos ou multa. Tenho que decidir se dou liberdade a ele ou não. Para essa penalidade, a liberação é possível. Nós faremos o que for apropriado”, disse.
Aí vem a pergunta: por que o De La Cruz foi autorizado a entrar no Paraguai sem ser preso antes? Conforme apurado pelo Diário Olé, da Argentina, o processo previa uma pena leve, então, não havia nenhuma ordem de extradição ou algo do gênero.
O uruguaio deu seu depoimento à polícia, foi liberado sob fiança paga pelo River Plate e retornou à concentração para o jogo contra o Cerro. Antes, ele afirmou que daria sua resposta dentro de campo.
E assim ele fez. Gallardo o colocou nos onze iniciais. Mas, Nicolás, do mesmo modo do River, fez um primeiro tempo pífio e foi dominado pela marcação do Ciclón. Em uma Nueva Olla pulsante, o time paraguaio saiu na frente por 1 a 0 aos oito minutos e tirou metade da vantagem do time de Nunez.
Na etapa final, o herói quase improvável e que quase ficou preso decidiu. O River Plate voltou muito melhor que o time do Cerro, que apenas apostava em lançamentos para atacar.
E a história queria que fosse um golaço. Numa jogada rápida de contra-ataque, a bola sobrou quase que na meia-lua para De La Cruz, que emendou de primeira e mandou para o gol. 1 a 1 e River Plate classificado para a semifinal diante do Boca Juniors.
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