O trabalho incessante de Alfaro para a revanche contra o River Plate

O Boca Juniors tem uma tarefa complicadíssima no dia 22 de outubro, na La Bombonera. O River Plate, na partida de ida da semifinal da Copa Libertadores da América, venceu os xeneizes por 2 a 0, jogando no Monumental de Nuñez. Não foi uma simples vitória do time comandado por Marcelo Gallardo, foi uma aula de futebol dos Millionarios para cima do Boca.

Gustavo Alfaro, técnico do Boca Juniors, tem uma tarefa complicada si só pelo placar, mas não fica só nisso. Uma das peças mais importantes da equipe xeneize, o atacante ‘Wanchope’ Ábila sofreu uma lesão na panturrilha direita e somente por um milagre conseguirá atuar na partida de volta contra o River Plate. Para ânimo dos torcedores do Boca, nesta segunda-feira (14), Ábila voltou a correr em volta do campo de treinamento, entretanto a volta do atacante para a partida contra o maior rival é pouco provável.

No Boca Juniors só se pensa no Superclássico do dia 22. Alfaro aproveitou a pausa para a Data FIFA e concentrou os jogadores por 5 dias no Complexo Pedro Pompilio, centro de treinamento do Boca. Nesses dias, o treinador de 57 anos dividiu os jogadores em vários grupos e os treinamentos em dois turnos. Com o auxílio dos especialistas em desempenho do clube, Alfaro busca de maneira obcecada a melhor formação para tentar reverter o complicado 0-2 que teve na partida de ida no Monumental de Nuñez.

A pergunta que persiste na cabeça de Gustavo Alfaro é a mesma desde a derrota para o River Plate, no dia 1 de outubro: Qual a melhor formação para tentar reverter o resultado contra os Millionarios? Até o momento não pareceu ter uma resposta concreta, todavia, segue sua caçada pela resposta. Portanto, Alfaro esboçou nos treinamentos algumas mudanças táticas na equipe, tendo como sua principal ideia a linha de três defensores.

Dois esquemas martelam na cabeça de Gustavo Alfaro: 3-4-3 e 3-4-1-2. No primeiro esquema citado e o preferido pelo treinador xeneize, a equipe seria armada da seguinte maneira: Andrada mantido no gol. A linha defensiva seria composta por López, Izquierdoz e Alonso (não treinou por estar com a Seleção Paraguaia); o meio de campo teria dois volantes e dois alas, com Marcone e Mac Allister centralizados, além de Buffarini e Más (ou Fabra) pelos lados do campo; o ataque seria formado por Tévez e Salvio abertos. Soldano, Zárate, Hurtado (não treinou nos últimos dias por estar com a Seleção Venezuela Sub-23) e o improvável Ábila disputam a última vaga no time.

O fato é que o Boca Juniors terá mais uma semana para trabalhar para o Superclássico do dia 22 e Alfaro está na espera de um milagre para contar com o atacante Ábila para a decisão. O Boca, líder da Superliga Argentina com 21 pontos, vai deixar a competição nacional e o clássico contra o Racing de lado, deste modo, jogando todas suas fichas na sempre tão sonhada Copa Libertadores. Entretanto, o clube xeneize precisará mais uma vez do apoio da sua apaixonada torcida para reverter o resultado na La Bombonera. Sem dúvida alguma será uma partida espetacular, se não pela qualidade técnica da partida, mas sempre pela raça e dedicação argentina.