Quatro anos do adeus ao Príncipe

Quatro anos se passaram desde o dia 21 de maio de 2016, quando Diego Alberto Milito, ou simplesmente Diego Milito, oficialmente se aposentou do futebol. Aos seus, à época, 36 anos de idade, o ex-atacante do Racing e agora diretor decidiu pendurar as chuteiras. Não tinha lugar melhor para fazer isso do que em casa.

O Cilindro estava lotado de torcedores do Racing, todos preparados para dar o que seria o último adeus ao craque lá revelado. O jogador com Champions League no currículo e que ao chegar, só queria reencontrar seu grande amor: o Racing. Milito chegou, assinou, e deixou para que os dirigentes da época colocassem o valor que acharia justo, todavia, ele tinha um pedido – um time para disputar o campeonato -, este que La Academia não vencia há 13 anos.

Homenagem ao atacante no El Cilindro de Avellaneda. (Foto: Reprodução/Racing Club)

A diretoria prontamente atendeu ao pedido do ídolo e jogador ‘da casa’, e montou um time às pressas para disputar o Campeonato Argentino. Depois da longa espera, em 2014, o hincha do clube de Avellaneda finalmente voltaria a comemorar um título de liga nacional. A última vez havia sido em 2001, justamente com ele no time… Diego Milito. Saiu, rodou o mundo, venceu competições importantíssimas e voltou à sua casa, para fazer o que sempre quis – vestir à camisa com o escudo do seu grande amor.

O VERDADEIRO DIA DO ADEUS

Naquele terceiro sábado do mês de maio em 2016, o Racing enfrentou o Temperley, em um dos jogos mais difíceis da carreira do goleador argentino. Milito tinha um adversário duríssimo para combater – o emocional -. Claramente emocionado com tudo, todas as homenagens dos torcedores (antes, durante e depois da partida), com todo o contexto incluso naquele dia. Porém, El Príncipe é forte. Aos 17 minutos, o ídolo Racinguista e Nerazzurri, marcou de pênalti e contribuiu com a vitória de La Academia no dia de sua despedida.

Todos os mais de 50 mil torcedores presentes no estádio naquele dia fizeram homenagens ao ídolo. Milito queria agradecer cada torcedor, um por um, mas infelizmente não era possível. Saiu ainda como um jovem, cheio de amor pelo clube. Voltou como Diego Alberto Milito, o Príncipe, ainda cheio de amor por este mesmo clube, ainda com toda a gana de vencer, parecendo o rapaz que havia deixado o clube em 2003 partindo rumo ao Genoa, da Itália.

Milito agradece. O futebol idem. O torcedor do Racing, muito mais, entretanto, este também canta: MILITO HAY UNO SOLO!

Homenagem a Milito aos 22 minutos, número da camisa utilizada pelo atacante.
Tags: Diego Milito
Vinícius França

Colunista e apreciador do futebol sudaca. Valorize o nosso.

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