El Salvador, o retorno que agita o futebol na América Central
O país de seis milhões de habitantes tem na mesma época, o sentimento de orgulho e a decepção ao mesmo tempo, pois em 1982, o selecionado disputou a Copa do Mundo, mas logo na estreia teve um revés de 10 a 1 perante os húngaros. Após a goleada perdeu para Bélgica (1 a 0) e Argentina (2 a 0), vale lembrar que os salvadorenhos disputaram a competição também m 1970 e agora em busca de uma terceira participação mudou nos últimos anos o tratamento com a base, principal e nos clubes.
Iniciando nossa análise pela seleção, desde a chegada do mexicano Carlos de los Cobos em 2018, a localidade vive um momento interessante com 10 vitórias em 18 jogos, uma marca difícil de alcançar. Ele passou anteriormente pelo país e fez parte do elenco que chegou também na última fase das Eliminatórias da Copa do Mundo em 2010. Na primeira fase, eliminou Montserrat, Antígua e Barbuda, Granada e Ilhas Virgens Americanas, na parte mata-mata enfrentou São Cristóvão e Névis vencendo ambas as partidas.
Tony Rugamas, de 31 anos é um dos principais expoentes do elenco, ele acumula passagens pelo futebol do Iraque, Tailândia e Guatemala. Em entrevista ao site da FIFA, afirmou o seguinte: “Sem dúvida, estou curtindo o melhor período da minha carreira. Atuar assim pela seleção nacional é algo com que você sempre sonhou como jogador profissional. Tudo é muito diferente: quando você joga pela sua seleção, você tem todo o país de olho em você. É algo que estou gostando muito”.
Além dele, a seleção comporta a geração sub-20 e sub-23 (Danny Ríos, Marvin Márquez e Narciso Orellana) e jogadores que trocaram de federação, por exemplo: Alex Roldán, do Seatlle Sounders estava próximo de vestir a camisa da Guatemala, mas escolheu El Salvador e Amando Moreno, do New Mexico United que preferiu a certeza de jogar na seleção salvadorenha ao invés de esperar os Estados Unidos. Outros nomes podem reforçar a equipe nos próximos dias como o goleiro Tomás Romero, o volante Justin Portillo e o atacante Brayan Gil.
Sobre os veteranos se destacam os defensores Eriq Zavaleta (28 anos, Toronto FC) e Roberto Domínguez (24 anos, primeiro salvadorenho a fazer gol numa Libertadores, ele foi anunciado recentemente no Chalatenango). No meio-campo, o dono é André Flores (30 anos, Portland Timbers), mas Darwin Cerén (31 anos, Houston Dynamo) ajuda no controle das ações. No ataque, Nelson Bonilla (30 anos, Port FC), Joshua Pérez (23 anos, UD Ibiza) e Walmer Martínez (Hartford Athletic, dos Estados Unidos) são nomes importantes.
Porém, além do convencimento de atletas que estavam sem chance na seleção estadunidense, o futebol dentro do país está crescendo e aos poucos revelando novos nomes. O Alianza FC, campeão do Apertura 2020 contratou o colombiano Duvier Riascos (34 anos, ex-Cruzeiro e Vasco), já o CD Águila aposta no meia brasileiro Lucas Ventura (24 anos, ex-Metalist). O atual vencedor do Clausura contava com um jogador conhecido no nosso país, o experiente Luís Perea, ex-Criciúma. Relembramos que o uruguaio Loco Abreu (44 anos) foi artilheiro no Santa Tecla em 2016