A Libertadores da América terá sua segunda final em jogo único no próximo sábado (30), às 17 horas, no Estádio Maracanã entre Palmeiras e Santos. Essa será a terceira final entre brasileiros e a quarta final nacional da história da Libertadores. Todas elas foram neste século, ainda quando a Copa tinha final de ida e volta.

A primeira foi São Paulo e Athletico Paranaense (à época Atlético) em 2005. No ano seguinte, novamente o Tricolor, mas desta vez diante do Internacional. Aí veio a mais emblemática, a final del mundo entre River Plate e Boca Juniors decidida no Santiago Bernabéu em Madrid.

Tricampeonato do São Paulo

A final de 2005 começou com brigas nos bastidores e terminou em goleada. O Athletico avançou na semifinal ante o Guadalajara e começou a corrida para conseguir aprovar a Arena da Baixada para a final. Isso porque a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) exige uma capacidade mínima de 40 mil para decisões. A Arena tinha somente 25 mil.

Haviam três planos: jogar na Arena, no Couto Pereira (casa do rival Coritiba) ou no Beira Rio, em Porto Alegre. O Athletico chegou a construir arquibancadas aumentando em 16 mil a capacidade, mas a Conmebol definiu que a ida fosse no Beira Rio.

Falando do jogo, o Athletico saiu na frente com gol de Aloísio, que depois iria para o Tricolor, de cabeça aos 14 minutos. O empate veio no segundo tempo, aos 7 minutos, com um gol contra de Durval (aquele). E o final de jogo foi assim no Beira Rio, 1 a 1. A partida de volta no Morumbi foi um baile, Amoroso aos 16 abriu o placar, Fabão ampliou aos 7 do segundo tempo, ambos de cabeça. Luizão fez o terceiro aos 26 e Diego Tardelli fechou o caixão, 4 a 0 na volta e 5 a 1 no agregado para o tricampeonato.

Primeira glória do Internacional

Sem polêmicas para decisão dos jogos como na edição anterior, mas ironicamente com os mesmos estádios envolvidos, São Paulo e Internacional abriram a série no Estádio do Morumbi e viu um show de Rafael Sobis. Josué e Fabinho foram expulsos. Aos 8 da etapa final, Sobis, prata da casa, abriu o placar para o Inter e ele mesmo ampliou aos 16. Quando eram rodados 30 minutos no relógio, Edcarlos diminuiu de cabeça. 2 a 1 e vantagem do empate para os colorados na volta.

O jogo de volta no Beira Rio foi uma tremenda final. O Inter de Abel Braga fez 1 a 0 com o saudoso Fernandão, após falha de Rogério Ceni, aos 29 minutos. Fabão empatou para os comandados de Muricy Ramalho aos 5 do segundo tempo. 15 minutos mais tarde, Tinga colocou o Inter na frente e foi expulso por tirar a camisa. Lenílson chegou a empatar, mas não adiantou. Inter campeão.

Somente um adendo, tanto Inter quanto São Paulo foram campeões do mundo. O Tricolor sobre o Liverpool por 1 a 0 e o time de Abel, pelo mesmo placar, contra o Barcelona.

Final del Mundo

A outra e até então última final entre times do mesmo país aconteceu em 2018 e terminou na EUROPA. O jogo foi entre Boca Juniors e River Plate. A ida foi na Bombonera com um jogo movimentado. Ramón Ábila abriu o placar para os locais. Lucas Pratto, no gol sacándole del medio, empatou. Darío Benedetto colocou os xeneize na frente, mas Carlos Izquierdoz fez contra e deixou tudo igual.

A volta seria no Monumental de Núñez, mas um incidente envolvendo o ônibus do Boca Juniors, atingido por objetos na ida para o jogo, fez com que a final fosse adiada. Por questões de segurança, a sede foi mudada e tivemos a primeira final de Libertadores fora da América do Sul. No estádio do Real Madrid, um grande jogo.

Darío Benedetto abriu o placar no primeiro tempo. Lucas Pratto empatou e levou para a prorrogação. Juan Quintero acertou um chutaço e virou. No último lance de jogo, com todos na área do River, Pity Martínez puxou o contra-golpe e fechou o caixão. 3 a 1 e tetracampeonato da América para os Millonarios.

Foto de capa: Wikipedia