Futebol Sul-Americano

Club Atlético Boca Juniors, o gigante argentino que busca o heptacampeonato da Libertadores

O Club Atlético Boca Juniors, é uma das equipes mais tradicionais presentes na atual edição da Copa Libertadores da América. A equipe entrou na competição em busca do sétimo título da Copa em sua história.

A temida equipe argentina, ocupa o Grupo H, que também conta com Libertad, Caracas e Independiente de Medellín. Mas, apesar de tido como favorito no grupo, atualmente ocupa a segunda posição, dois pontos atrás do Libertad, que lidera com seis pontos.

História

O Club Atlético Boca Juniors, ou apenas Boca Juniors (como rotineiramente é chamado), é um clube tradicional da Argentina, sediado na cidade de Buenos Aires. O nome ”Boca Juniors”, provém do, também famoso, bairro de La Boca. Fundado em 3 de abril de 1905 (114 anos), é um dos clubes mais conhecidos – em proporções mundiais – e vitoriosos do país.

Contudo, o pouco comentado, é que suas cores vieram de um acordo entre os seus fundadores, que em meio a dúvida, decidiram que as cores seriam as mesmas da bandeira do primeiro navio que atracasse no porto de Buenos Aires. A primeira embarcação acabou sendo de origem sueca, portanto as primeiras e únicas cores do Boca Juniors, são o azul e o amarelo.

A história do Boca Juniors, que decorre de 1905, ano de sua fundação, até os dias de hoje, divide-se em dois períodos: a época amadora – até 1930 – e a profissional.

O clube de La Boca, é também um dos maiores campeões nacionais, da Argentina. Conquistou, por 34 vezes, o Campeonato Argentino, entre 1919 e a temporada 2019-20.

As conquistas se dividem, especificamente, em: seis títulos na Era Amadora (1919, 1920, 1923, 1924, 1926 e 1930) e dez nas primeiras temporadas da Era Profissional (1931, 1934, 1935, 1940, 1943, 1944, 1954, 1962, 1964 e 1965). Três títulos do Nacional (1969, 1970 e 1976) e dois do Metropolitano (1976 e 1981). Sete títulos da Apertura (1992, 1998, 2000, 2003, 2005, 2008 e 2011) e dois da Clausura (1999 e 2006). Além disso, possui quatro títulos da Primeira División (2015, 2016–17, 2017–18 e 2019–20).

No quesito copas, possui 13 Copas da Argentina, conquistadas entre 1919 e a mais recente delas na temporada 2014-15. Além disso, conquistou também a Supercopa Argentina em 2018.

La Cancha
Foto: Divulgação/Internet

O Estádio Alberto José Armando (nome que homenageia o ex-presidente do clube), inaugurado em 25 de maio de 1950 e conhecido tradicionalmente como La Bombonera, é a casa do Boca Juniors e possui, atualmente, capacidade para cerca de 49 mil torcedores.

O apelido ”La Bombonera” se deve ao formato retangular do estádio, que lembra uma caixa de bombons. Contudo, a principal razão para isso, é o espaço reduzido que foi destinado para a construção. Portanto, a solução encontrada pelo arquiteto José Luiz Delpini foi criar três arquibancadas. Mas quem assiste ao jogo da terceira arquibancada, precisa olhar para baixo, se quiser melhor visibilidade.

Foto: Divulgação/Internet

El Superclássico

A equipe possui uma rivalidade histórica e mundialmente conhecida com o Club Atlético River Plate. O Boca x River, ou El Superclássico, que por ser bastante disputado, é reconhecido – não só como o maior clássico da Argentina – mas também como um dos maiores do mundo, atrai telespectadores de todos os cantos do planeta do futebol. As equipes, inclusive, protagonizaram umas das mais polêmicas finais de Libertadores da história, em 2018.

Foto: Marcos Brindicci/Reuters

No contexto, por conta de apedrejamento a ônibus, jogadores feridos e clima tenso na Argentina, a segunda partida da final foi transferida para a Espanha. O Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, acabou sendo o escolhido para receber a partida, na qual o Boca saiu derrotado por 3 a 1 e perdeu o título para o River Plate.

Já na última, as equipes se enfrentaram pela semi-final da competição e, novamente, o River Plate foi superior no confronto. Contudo, a equipe saiu derrotada, para o Flamengo, na primeira final em jogo único da história da Libertadores.

No contexto geral do clássico, em 248 jogos, com 88 vitórias do Boca, 82 do River e 78 empates (números oficiais reconhecidos pela AFA e pela Conmebol). O River Plate manteve a frente do confronto até a década de 60, quando o Boca assumiu a vantagem, que se manteve por mais vinte anos.


Evaristo Miguez, do River Plate e Julio Meléndez, do Boca Juniors, em um Superclássico no final dos anos 60

Porém, nos anos 80 o River retomou a superioridade, que foi perdida novamente, desta vez em 1990. Daí em diante, o Boca se manteve, até os dias de hoje, em que possui seis vitórias de diferença no confronto direto.

Foto: Agência AP
Histórico Internacional

Em nível internacional, o clube também se mantém entre os maiores vencedores da América do Sul e do mundo. Destaca-se que, hexacampeão da Copa Libertadores da América e tricampeão do Mundial de Clubes, o Boca Juniors é um dos clubes com o maior número de títulos internacionais do mundo.

A equipe – empatada com Milan e Independiente com 18 títulos internacionais, no total – fica atrás somente do Al-Ahly (clube do Egito) com 20 títulos e do Real Madrid com 26 títulos. Contudo, a equipe argentina não vence a Libertadores desde 2007 (quando derrotou o Grêmio), apesar de, por várias vezes, ter se saído bem no mata-mata da competição, até um certo ponto.

Foto: Fernando Pilatos/Gazeta Press

Ao todo os 18 títulos internacionais do clube se dividem em: seis Copas Libertadores (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007), três Mundiais de Clubes (1977, 2000 e 2003), duas Copas Sul-Americana (2004 e 2005) e quatro Recopas Sul-Americana (1990, 2005, 2006 e 2008). Além de uma Copa Master (1992) e uma Copa de Ouro (1993).

Ídolos Históricos

Com tamanha grandeza, espera-se que os grandes ídolos de um clube sejam proporcionais a histórica rica e vitoriosa do Club Atlético Boca Juniors e não poderia ser diferente. Dentre eles, há também brasileiros como Domingos da Guia e o principal, Paulo Valentín, o maior artilheiro no duelo contra o River Plate.

Pode-se mencionar jogares como Martín Palermo, Rodrigo Palacio, Fernando Gago e Ezequiel González, muitos desses que, após passagem pela equipe argentina, rumaram para o futebol europeu.

Paulo Valentín/Foto: Reprodução

Juan Román Riquelme, com 187 jogos, 48 gols e tricampeão da Libertadores, é dito por muitos como um dos maiores ídolos da história do clube. E há quem diga ser o maior, por todos os 12 títulos conquistados, ao todo. Riquelme também encantava dentro de campo com sua técnica que, até hoje, é admirada por muitos. Além disso, é considerado o detentor da camisa 10 azul y oro.

Foto: Reprodução

Vale destacar, também, Carlos Tévez, que atuou em times como Manchester United, Manchester City e Juventus. O jogador é o atual camisa 10 da equipe.

Conquistou a Libertadores de 2003 pelo clube, além da Copa Sul-America em 2004, a Supercopa da Argentina em 2018 e o Campeonato Argentino, por quatro vezes, sendo o último na temporada 2019-20. Ao todo possui nove títulos pela equipe, além disso, em 183 jogos marcou 69 gols.

Foto: Juan IgnacioRoncorini
Mateus Moreira

Mineiro, apaixonado por futebol. Jornalista em formação pela UFMG.

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