O América de Cali foi vice-campeão em três oportunidades seguidas (quatro no total), e tenta agora apagar todas as histórias negativas do passado com um título continental.
Dando prosseguimento na série de matérias sobre os clubes da Libertadores 2020, desta vez, contamos um pouco sobre a Sociedad Anónima Deportiva América SA, da Colômbia, popularmente reconhecida como América de Cali. Nesta sequência trataremos de contar um pouco sobre a história e o momento de todos os clubes não-brasileiros presentes na maior competição do continente.
O América de Cali é considerado um dos times mais azarados do futebol sul-americano. No entanto, isso não ocorreu somente em sua era moderna, vem desde o início de sua história. Fundado em 13 de fevereiro de 1927, o América, neste mesmo dia, fez contra o Hermanos Maristas a primeira partida de sua história. No primeiro tempo, o Rojo vencia por 2 a 0, porém, tiveram que deixar empatar em 3 a 3 para que os atletas não perdessem as cervejas e as comidas que lhes haviam oferecidos.
Os motivos oficiais das cores de um dos clubes mais tradicionais da Colômbia é debatido até os dias de hoje. Entretanto, a versão mais aceitada é que, em uma excursão realizada em 1931, os jogadores assistiram uma partida de Basquete entre Unión Colombia e os Diablos Rojos (apelido do América até os dias de hoje). Este segundo, como o nome já refere, se vestiam totalmente de vermelho, e isso foi determinante para que o clube de Cali seguisse com tal cor.
Os Diablos Rojos (Diabos Vermelhos) já conquistaram a liga nacional em 14 oportunidades, sendo a primeira no ano de 1979 e a última no ano passado, 40 anos depois.
O América manda suas partidas no Estádio Olímpico Pascual Guerrero, conhecido também como El Pascual. O estádio fica localizado na cidade de Cali e possui capacidade para 36.000 torcedores. No entanto, seu nome nem sempre foi o mesmo. O Pascual foi inaugurado em 20 de julho de 1937, com o nome de Estadio Departamental e comportava apenas 6.500 espectadores.
O estádio teve sua partida de inauguração realizada no mesmo dia, quando as seleções de Colômbia e México se enfrentaram, e o final teve resultado favorável para os donos da nova casa. Sua última remodelação foi em 2010, quando estava sendo preparado para o Mundial Sub-20.
Hoje, passados mais de 80 anos desde sua inauguração, o estádio é a casa dos Diabos Vermelhos. Todavia, o estádio também recebe partidas de outros clubes locais, porém todos de menor expressão para o futebol.
Os Diabos Vermelhos chegam para sua 20ª participação em edições de Copa Libertadores. Neste ano, o clube colombiano encontra-se no grupo E, junto com a dupla Grenal e a Universidad Católica (Chile). O clube volta a disputar a competição depois de 11 anos fora.
Apesar do número considerável de participações, a história do América é dramática em Copa Libertadores, principalmente quando se fala da década de 1980. Os Diabos Vermelhos não honraram o apelido e ficaram com o vice-campeonato em três edições consecutivas e nunca tiveram o prazer de levantar a taça da Libertadores. Entretanto, trataremos disso no próximo tópico.
O time mais azarado do continente? Talvez. O fato é que o América de Cali conseguiu a façanha de ser o clube que mais chegou em finais de Libertadores e nunca a conquistou. O Rojo foi finalista em quatro oportunidades (1985, 1986, 1987 e 1996) e não triunfou em nenhuma. Entraremos em detalhes principalmente no tri-vice ocorrido na década de 80.
Em 1985, o clube colombiano chegava à sua primeira final de Copa. O adversário foi o Argentinos Juniors, também debutante em finais. Na Argentina, vitória dos locais por 1 a 0. Já na Colômbia, o América devolveu o placar, todavia, nas penalidades o clube acabou sendo derrotado e, perdia assim, sua primeira final.
No ano seguinte (1986), o clube colombiano encontra novamente um argentino, mas dessa vez era o River Plate, até então duas vezes vice da competição continental (1966 e 1976). O clube de Buenos Aires não deu chance para o time de Cali, e venceu ambas as partidas da decisão. O América morria praia pela segunda vez.
Em 1987 viria a derrocada mais dolorosa. O adversário da vez era uruguaio – o Peñarol. Na primeira partida, em Cali, vitória do Rojo por 2 a 0. Na volta, em Montevidéu, o Peñarol venceu, de virada, por 2 a 1, com direito ao gol do triunfo nos minutos finais da segunda etapa. A decisão ficou para a partida desempate, realizada em Santiago. Partida sem gols e, assim, foi para a prorrogação. No entanto, no último lance da prorrogação, o agora técnico Diego Aguirre, fez o mundo dos torcedores dos Diabos Vermelhos irem abaixo. Um chute cruzado que, naquela altura, fez desmoronar o sonho e a esperança até do torcedor mias otimista do América de que um dia a equipe conseguirá levantar uma Copa Libertadores.
Foto de capa: Caracol TV/Colômbia.
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