|

El Ídolo del Puerto: Delfín Sporting Club

O Delfín Sporting Club é mais um personagem da série que conta um pouco da história dos clubes não-brasileiros presentes na fase de grupos da Copa Libertadores da América de 2020. El Ídolo del Puerto, como também é conhecido por conta do porto da cidade de Manta, província de Manabí, no Equador, é um clube jovem que está apenas em sua terceira participação na Copa.

O clube de 31 anos está no grupo G da Libertadores de 2020 e conseguiu sua vaga após ser campeão equatoriano em 2019. Além dele, a chave tem o tradicional Olímpia, do Paraguai, Defensa y Justicia, da Argentina e Santos. Confira a última matéria da série abaixo:

História

O clube foi fundado no dia 1 de março de 1989 na cidade de Manta ao ser cedida uma franquia do time CD 9 de octubre de Manta. O time iniciou sua trajetória no mesmo ano e subiu para a primeira divisão no ano seguinte. Permaneceu na elite equatoriana até 1996, quando amargou seu primeiro descenso.

Suas primeiras temporadas foram com jogadores tidos como desconhecidos, mas que conseguiram fazer frente aos grandes do Equador, como Emelec, Liga de Quito (LDU) e Barcelona. Alcides de Oliveira, Miguel Ángel Titzios, Fray Castañeda, Fernando Hidalgo, Johnny León eram alguns dos nomes dos primeiros planteis del Cetáceo. Ainda em sua primeira passagem pela Série A, ganhou a alcunha de Ídolo de Manta por ser o time mais representativo da cidade do oeste equatoriano.

Elenco do Delfín em 1991 (Reprodução/Wikipedia)

Após a queda em 1995, passou dois anos na segunda divisão e subiu novamente em 1997. Mas por conta de crise financeira, foi rebaixado mais três vezes, chegando até a Segunda Categoría do futebol do Equador, também conhecida, sendo a terceira divisão. Essa situação de instabilidade durou até que a diretoria conseguiu estabilizar a equipe. Os grandes dias voltaram após grande período de sete anos na terceira divisão. Em 2013, a equipe montou um grande plantel e subiu sendo campeão para a Série B.

O retorno para Série B foi um pouco conturbado por causa da irregularidade do elenco. Após o acesso, foi mais um ano sofrendo para enfim o time empolgar e subir. Em 2015, no dia 7 de novembro, Delfín ganhou do Espoli e confirmou sua volta para a elite após 14 anos. Não caiu mais.

O time ascendeu e conseguiu bons resultados a partir de 2017. Nesse ano, o Delfín ganhou a primeira fase do campeonato (Apertura) e foi para a final contra o Emelec, vencedor da segunda fase (Clasura), mas saiu derrotado com 6 a 2 no placar agregado. Com o resultado, a equipe de Manta foi para sua Libertadores de estreia.

O Delfín é o atual campeão equatoriano e tem um feito inédito de ter sido o primeiro campeão do interior, ou seja, sem ser de capital de Província. Após a primeira fase, o time do golfinho terminou em quarto e pegou o Independiente Del Valle nas oitavas e passou pela vantagem do empate. Na semifinal, eliminou Maracá ao vencer por 3 a 2 no placar global e na grande final, contra a Liga de Quito, no dia 15 de dezembro, venceu por 2 a 1 nos pênaltis, após dois jogos empatados por 0 a 0.

Delfín levantando sua primeira taça de campeão nacional (API)

Cancha

O Delfín divide estádio com o outro time de Manta, o Manta Fútbol Club. A cancha tem o nome de Estádio Jocay e tem capacidade para 20 mil pessoas. Sua inauguração é de 14 de janeiro de 1962 e tinha o nome de Estádio Modelo de Manta, mas que logo foi alterado para o atual.

Vista aérea do Estádio Jocay (Reprodução/O Tempo)

Participações em Libertadores

O Delfín é apenas um jovem em Copa Libertadores da América. São três participações e a melhor participação foi em 2018 quando terminou em último na fase de grupos. A equipe estava no grupo B com Atlético Nacional, da Colômbia, Colo-Colo, do Chile e Bolívar, da Bolívia. A estreia foi contra os bolivianos com empate em 1 a 1. A primeira vitória internacional foi diante dos chilenos, em Santiago, no David Arellano.

A segunda participação foi em 2019 e terminou na segunda fase da Copa. Após eliminar o Nacional, do Paraguai, com agregado de 5 a 1, caiu para o Caracas, da Venezuela. O jogo de ida foi no Equador, empate em 1 a 1, e a volta foi um empate sem gols na Venezuela.

Roberto ‘La Tuca’ Ordóñez foi o primeiro jogador a marcar numa partida internacional pelo Delfín (Reprodução/Tera Desportes)

Foto de capa: Reprodução/Liga Pro