La primeira final de River

River Plate e Flamengo decidirão a Libertadores da América no próximo dia 23, em Santiago. Uma final histórica, a primeira vez com jogo único nesses 60 anos da maior competição de nosso continente. Como forma de entrar no clima, faremos uma série de matérias especiais relatando as finais dos times envolvidos. Isso a começar pelos Millonarios contra o Peñarol em 1966.

O objetivo é a de contar em forma de crônica a história do confronto final dessas Copas que esses dois clubes foram finalistas. Isso com todo o amor e a valorização que nossa Libertadores merece e nem sempre recebe. Leia agora a primeira sobre a final.

Final Libertadores 1966

A primeira final do River Plate acabou no Chile. O vencedor foi o Peñarol, um dos gigantes da América Latina naquele momento. Era a terceira vez que os auri-negros chegavam no topo da América. Em contrapartida, o time de Buenos Aires começava sua trajetória em finais ali, derrotado.

O time do Peñarol era escalado com: Ladislao Mazurkiewicz; Pablo Fórlan, Juan Lezcano, Nelson Días e Omar Caetano; Néstor Gonçalves e Julio César Abbadie; Héctor Silva, Julio César Cortés, Pedro Rocha e Juan Joya. O entrenador era Roque Gastón Máspoli.

Do lado Millonario, tínhamos: Amadeo Carizzo; Alberto Sainz, Juan Carlos Gusmán, Roberto Matozas e Abel Vieytez; Juan Carlos Sarnari, Daniel Carlos Bayo e Erminio Onega; Luis Cubilla, Daniel Onega e Óscar Más. Renato Cesarini era o DT.

A primeira partida daquele embate foi em Montevidéu, no Centenário. O Peñarol saiu vencedor pelo placar de 2 a 0. Os gols foram de Julio Abbadie e Juan Roya nos quinze minutos finais. Com isso, a vantagem era uruguaia para o segundo jogo em Núñez.

O Monumental estava lotado com um público de mais de 60 mil torcedores. Era uma noite mágica para um time que buscava derrubar o quase imbatível Peñarol. Não foi fácil, os uruguaios abriram o placar com Pedro Rocha e o River empatou com Erminio Onega. Depois, outro gol do Peñarol, Alberto Spencer foi o autor. Os millionarios precisavam virar o jogo e conseguiram, Sarnari empatou e Onega fez o gol da sobrevida. Decisão em Santiago.

O terceiro jogo terminou de uma forma muito dolorosa para o River Plate. A vantagem de 2 a 0 sucumbiu e o time de Renato Cesarini caiu na prorrogação. Tudo parecia perfeito com os gols de Daniel Onega e Jorge Solari. O primeiro tempo terminou assim. Mas o Peñarol veio com tudo na etapa final. Alberto Spencer diminuiu, Abbadie empatou. Fim de jogo e prorrogação.

Antes do fim do primeiro tempo extra, o Peñarol dava mais um duro golpe no River Plate. O estreante em finais tomou a virada no gol de Spencer. Para fechar o caixão, Pedro Rocha nos minutos finais. Os argentinos ficaram muito perto de vencer, mas caíram e o Peñarol se tornava o primeiro tricampeão da Libertadores.