Futebol Sul-Americano

Liga Desportiva Universitária de Quito: o único equatoriano campeão Libertadores

A Libertadores tem campeões em muitos países da América, mas a concentração fica na Argentina e no Brasil e correndo por fora, Uruguai. Dos países da Conmebol, Bolívia, Venezuela, Peru não tem nenhuma Copa para comemorar. Já o Equador tem somente um campeão, o personagem de hoje, a Liga Desportiva Universitária de Quito.

Conhecida também por Liga ou LDU, o time está no grupo D da Libertadores da América de 2020 com o Binacional, do Peru, River Plate, da Argentina, e o São Paulo.

Binacioal foi o primeiro time a ser falado do grupo D nesta série sobre a Libertadores

História

Sua data de fundação oficial é 11 de janeiro de 1930 em Quito, capital do Equador. No entanto, os primeiros passos para o Clube começaram a ser dados doze anos antes, em 1918. No final dos anos 1910, um grupo de estudantes da Universidad Central do Ecuador decidiu fundar uma equipe de futebol amador. O nome era apenas Universitário.

Durante o primeiro período de história da LDU, que pegou o fim da era amadora do futebol equatoriano e o começo do profissionalismos, o time não teve nenhum grande feito. Mas tudo mudou a partir de 1950.

Com uma nova era para todo o futebol, havia um maior estrutura para todos os clubes do Equador. Mesmo assim, a LDU demorou a conseguir o seu primeiro título nacional. O primeiro de seus 11 veio apenas em 1969. O time campeão contava com grandes jogadores como José Gomes Nogueira e Francisco Bertocchi, também conhecido como El Tano.

El Tano terminou aquela edição de Equatoriano com 23 gols e fez oito gols numa só partida (Foto: Reprodução/Conmebol)

Depois da primeira glória, a Liga amargou seu primeiro rebaixamento em 1972. Assim, Los Centrales jogaram a segunda divisão em 1973. E do inferno ao céu, o time saiu de rebaixado em 1972 para bicampeão nacional seguido em 1975. Após a intensa década de 70, os anos seguintes foram de transição e marcados por uma enorme seca de títulos.

Da seca ao topo da América

A LDU passou os anos 80 sem ganhar títulos. Foi uma época de estruturação para ter um crescimento vertiginoso nos anos 90 e 2000. A primeira conquista desta série foi o Campeonato Equatoriano de 1990, o tetracampeonato.

Plantel da LDU de 1990 (Foto: Twitter/Jorge Novillo)

Comandada pelo treinador brasileiro Paulo Massa, a Liga foi campeã após aplicar um 7 a 0 contra o Emelec na final. No ano seguinte, dose repetida com Manuel Pellegrini como técnico e Alex Escobar sendo o maestro do time.

LDU campeã em 1998 (Foto: Reprodução/El Universo)

Nos anos 2000, antes das glórias, veio a desgraça. Graças a uma grande crise econômica que a equipe entrou, a segunda divisão foi o destino. E assim como foi na década de 70, o time voltou maior do que nunca.

Com mais títulos, a LDU se consolidava finalmente como uma gigante equatoriana. Foram mais quatro Campeonatos Equatorianos: 2003, 2005 (Apertura), 2007 e 2010. Além disso, a Libertadores em 2008, Sul-Americana em 2009 e as Recopas de 2009 e 2010.

La Cancha

O Estádio Rodrigo Paz Delgado ou Estádio Casa Blanca é a casa da LDU desde 6 de março de 1997. A construção da cancha foi comandada pelo arquiteto Ricardo Mórtola, especialista em estádios, e tem a capacidade para 41 mil torcedores. Além disso, jogar em Quito significa enfrentar uma altitude de 2.850 metros acima do nível do mar.

(Foto: Reprodução/LDU)

A curiosidade acerca do estádio é que a partida inaugural, em 1997, a Liga de Quito enfrentou o Atlético Mineiro e venceu por 3 a 1.

Participações na Libertadores

A Liga vai para sua 19ª participação em Libertadores da América. Desse modo, pode ser considerado uma tradicional equipe do fútbol sul-americano. Sua melhor campanha foi o título conquistado em 2008 sobre o Fluminense. Vale ressaltar que a LDU é o único clube equatoriano campeão da Copa.

A final de 2008 é traumatizante para tricolores, mas de glória para Los Universitários. No jogo de ida, em Quito, vitória por 4 a 2 dos locais. No jogo de volta, no Maracanã, o Fluminense devolveu o triunfo por dois gols de diferença, ganhou por 3 a 1 com três gols de Thiago Neves. O jogo foi para prorrogação com 5 a 5 no agregado e o empate persistiu. Nos pênaltis, a noite que parecia do camisa 10 fluminense foi de José Francisco Cevallos, goleiro da LDU. O camisa 1 pegou três pênaltis e a Libertadores foi para o Equador.

O momento do título (Foto: Reprodução/Cenas Lamentáveis)

Gabriel Neri

Amante de uma boa retranca uruguaia enquanto escuto uma MPB tomando uma cerveja argentina. Valorize o nosso.

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