Uma guerra civil ameaça a glória eterna

“Si no hay paz, no hay fútbol” é um dos lemas dos protestos que andam afetando a CONMEBOL Libertadores e a CONMEBOL Sudamericana de 2021. Com o calendário já iniciado tardiamente, já que a temporada 2020 terminou em fevereiro desse ano, devido a pandemia de Covid-19, o calendário de 2021 parece ganhar mais um problema: a guerra civil na Colômbia.

Antes de mais nada, é importante entender o que leva toda onda de protestos nas grandes metrópoles da Colômbia. As ruas de Barranquilla, Bogotá e Armenia são alvos de revoltas populares contra o presidente Iván Duque, que anunciou uma reforma tributária, assim aumentando os impostos no meio da crise causada pela pandemia. Os protestos já ocasionaram dezenas de mortes e mais de 800 feridos.

Ainda assim a CONMEBOL não dá o braço a torcer e tenta realizar todos os jogos possíveis no meio da guerra civil. Alguns jogos no país já foram paralisados. O duelo mais recente, entre Atlético/MG e América de Cali, houveram oito paralisações, além da dúvida no intervalo se a partida continuaria. Outros jogos, como Junior x Fluminense e Santa Fe x River Plate, mudaram de país cerca de 30 horas antes do início. No duelo de quarta, Atlético Nacional e Nacional ficaram presos por uma barreira de manifestantes, o que gerou uma hora de atraso na partida.

Desempenho abaixo do esperado das equipes locais:

Ao todo, seis equipes colombianas estão disputando Libertadores e Sul-Americana e nenhuma delas está na zona de classificação. Contudo, até agora, não houve nenhum jogo que não se realizou. Todas as equipes fizeram 4 jogos tanto na Libertadores quanto na Sul-Americana.

Há duas rodadas do fim da fase de grupos, a CONMEBOL espera conseguir encerrar seu primeiro semestre sem nenhum atraso nas partidas, já que a Copa América se realizará no intervalo entre a fase de grupos e as oitavas de final. A entidade insiste em confirmar a Colômbia como um dos países sedes do torneio de seleções, o que causa mais revolta.