VIOLÊNCIA EM CAMPO – Fucile vai ficar impune?
A violência uruguaia no jogo de ontem contra o Nacional assustou a todos no time do Santos. O principal alvo foi o atacante Rodrygo, que inclusive saiu aos 33 minutos do segundo tempo, quando deu lugar para Vitor Bueno, após uma entrada forte do lateral Fucile, que ocasionou uma entorse no tornozelo e agora o jogador é dúvida para o jogo contra o Grêmio, no dia 06. A pancada recebida no tornozelo gerou inchaço na região e preocupa, mas não foi solicitado exame de imagem.
Em entrevista a Rádio Sport 890 (segundo maior jornal do Uruguai inclusive), o ex-lateral santista de 34 anos falou sobre o episódio: “É a primeira vez na história que levo três canos (bola embaixo das pernas) e não tinha outro jeito a não ser retirá-lo do campo. Demonstra um talento inato, poucos jogadores crescem tão rápido assim“. As declarações ecoam em seu país desde o início da madrugada desta quarta feira. Fucile, que passou rapidamente pelo Santos em 2012, com apenas 14 partidas, e também teve passagens no futebol europeu, no Liverpool e Porto, demonstrou-se deprimido após jogo, por conta da situação. “Não há nenhum jogador que me faça três “canos” (canetas). (Rodrygo) vai colocar o vídeo e olhar todos os três canos que comi, contei-os porque foi a primeira vez que me acontece. Consegui tirá-lo e aí se tranquilizou a partida “, expressou absurdamente o ala do Nacional”.
OPINIÃO
As declarações do veterano lateral uruguaio pegaram muito mau. Tanto a diretoria do Nacional, quando a Conmebol tem por obrigação de se posicionar e coibir tal atitude e punir o jogador, para que se sirva de exemplo e não seja incentivo a “brecar” o bom futebol com lances violentos. Já vimos outros clubes se posicionar repudiando tais atitudes e cabe ao Santos Futebol Clube fazer o mesmo. Não se pode deixar a violência tomar espaço no campo, acabando com o espetáculo, todos perdem com isso, torcedores, TV, Rádio, instituições.
(Foto: Andres Stapff/Reuters)